Cientistas do Instituto Adolfo
Lutz,
que anunciaram ontem a realização do sequenciamento
de dois genes importantes do vírus A (H1N1), identificaram pequenas
mutações ao comparar com os primeiros sequenciamentos
feitos na Califórnia. A taxa de similaridade entre os vírus decodificados no
Brasil e nos Estados Unidos ainda é superior a 99,5%. Pesquisadores
consideram uma boa notícia que tenha havido tão poucas modificações. O vírus
da gripe suína possui oito genes.
As amostras do microrganismo foram colhidas do primeiro paciente
diagnosticado com a gripe suína
são os impactos dessas variações na ação do vírus”, diz Cecília Luiza Simões
dos Santos, bióloga do instituto. Os pesquisadores escolheram dois genes para
sequenciar: o MP – que codifica as proteínas da
matriz M1 e M2, mais abundantes na composição do vírus – e o HA, que produz a
proteína hemaglutinina, responsável pela capacidade
de infecção do vírus. As mutações ocorreram no gene HA.
Para os pesquisadores, a boa notícia é que não houve mutação na região da
proteína que interage com os anticorpos produzidos pelo corpo humano para
combater o vírus. Com isso, as vacinas em fase de desenvolvimento têm chances
maiores de apresentar boa eficácia. Na semana passada, a Novartis anunciou
que até setembro conseguirá produzir a vacina. Ontem, a Baxter
confirmou que terminou os testes e já está começando a produzir doses.
Fonte:
Agrolink, acesso em 17/06/2009