Hidropiratas agem nos rios amazônicos

Como se não bastasse toda ordem de desmandos na Amazônia, outra modalidade de agressão ambiental, segundo especialistas, pode estar tirando mais que água doce do Brasil.

Os navios hidropiratas, cuja atividade já é conhecida por órgãos públicos estaduais, podem estar levando, com a água que traficam, peixes ou outras espécies. Isso envolve diretamente a soberania dos países na região. A denúncia está na revista jurídica Consulex 310, em um texto sobre a OMC – Organização Mundial do Comércio e o mercado internacional de água. Há seis anos o jornalista Erick Von Farfan já havia denunciado o caso.

A captação é feita por petroleiros na foz do rio ou dentro do curso de água doce. Somente no local de deságue do Amazonas no Atlântico são 320 quilômetros de extensão, que ficam dentro do território do Amapá. O contrabando seria facilitado por duas razões: a ausência de fiscalização na área e a profundidade média, em torno de 50 metros, que possibilita o trânsito de um grande navio cargueiro.

A informação sobre o novo crime chegou de maneira não-oficial ao IPAAM – Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, admitiu Ivo Brasil, diretor de outorga, cobrança e fiscalização da Agência Nacional de Águas.

Além das questões de soberania que o caso envolve, os traficantes têm um lucro extra. Ao contrário de águas subterrâneas ou oceânicas, que precisam passar por um processo de dessalinização, a doce pode ser facilmente tratada. Ou seja, para empresas engarrafadoras da Europa e do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia.

O engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, que trata as águas do Rio Negro responsáveis pelo abastecimento de Manaus, confirma. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.

Fonte: EPTV (acessado em 08/02/2010)

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