O médico-veterinário Thomas Faria Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) explica que as doenças mais frequentes que acometem os animais de companhia no inverno são semelhantes aos casos mais comuns do outono.
Em relação aos cães é a gripe, conhecida como Tosse dos Canis. Já nos gatos é comum um aumento dos problemas respiratórios, como a rinotraqueíte. Marzano alerta que entre os animais que já possuem alguma patologia ortopédica, normalmente, o frio causa mais dores articulares e ósseas.
Nesta época, a procura pela vacina da gripe tende a aumentar, porém, os médicos-veterinários do CRMV-SP chamam a atenção para a importância de manter a imunização dos pets em dia, independentemente da estação do ano.
“As vacinações anuais de rotina desenvolvem anticorpos eficientes para todo o período de cobertura (1 ano), por isso devem ser realizadas por médicos-veterinários que, no ato, devem realizar exame clínico geral para certificar a resposta efetiva da vacinação e de seus reforços estratégicos”, explica o médico-veterinário Carlos Augusto Donini, presidente da Comissão Técnica de Políticas Públicas do CRMV-SP.
Diminua os riscos de exposição
Uma dúvida comum entre os tutores é se, quando doentes, devem se afastar dos animais de companhia. Segundo Donini, as doenças respiratórias podem, raramente, ser transmitidas dos humanos para cães e gatos. “São resultantes do contato direto com secreções orais e nasais, mas basta reduzir os riscos de exposição, gerados por hábitos de beijar ou deixar-se lamber, principalmente de idosos e crianças”, esclarece.
“Existem algumas zoonoses que os animais pegam dos donos, mas o maior cuidado tem que ser em relação a algumas infecções bacterianas, porque se o animal tiver com a imunidade baixa, dependendo do tipo de bactéria, pode se infectar também”, complementa Marzano.
Banhos
Os banhos, de acordo com Marzano, podem ser mantidos no período de inverno, desde que observados alguns cuidados. Em primeiro lugar, a água deve estar em uma temperatura agradável, morna.
“É importante também proteger o conduto auditivo de modo a evitar que o pet desenvolva uma otite (infecção no ouvido). É preciso secar bem o animal, com secador ou toalhas. Muitos tutores deixam secar ao ar livre, o que pode levar o animal a uma hipotermia bem grave”, alerta o médico-veterinário da Comissão de Pequenos Animais.
Alimentação
Seguindo um instinto natural de aumentar a reserva energética, assim como os humanos, os pets tendem a comer mais nas épocas frias. Mas é preciso ter controle, para impedir os excessos. A quantidade de comida deve ser a mesma das outras estações.
“Lembrando que se você tiver qualquer dúvida com relação a alimentação ou quiser saber algo mais específico sobre o seu animal, o melhor é procurar um profissional médico-veterinário”, alerta Marzano.