Cerca de 1.300 aves foram soltas nesta quarta-feira (08) pela equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama na Bahia, em uma área localizada no bioma Caatinga, distante cerca de 300 quilômetros de Salvador. Entre elas, espécies como sofrê, pássaro-preto, papa-capim, brejal, asa-branca, tico-tico, pintassilgo-do-nordeste (ameaçado de extinção), entre outras. Foram incluídos ainda neste lote 100 jabutis, que também ganharam liberdade na região.
Os animais, que foram levados na segunda-feira (06) pela manhã para o local da soltura, foram libertados em duas áreas de caatinga preservada no interior da Bahia. Assim que chegaram ao local, as aves foram colocadas em um viveiro grande, que é importante para descanso e aclimatação. Na quarta pela manhã foi realizada a soltura. Durante todo o trabalho, elas foram monitoradas pelos analistas e técnicos do Cetas.
Além disso, serão realizados trabalhos de educação ambiental nas comunidades do entorno das áreas de soltura. Segundo o analista ambiental Josiano Torezani, “esse trabalho é fundamental para o sucesso e a reinserção desses animais na natureza, pois, com a comunidade conscientizada, teremos mais cidadãos responsáveis, admiradores e protetores da natureza”.
Josiano informou que as aves são provenientes de ações de fiscalização de vários órgãos, como Ibama, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Estadual, Companhia de Polícia de Proteção Ambiental da Polícia Militar (COPPA) e outros. “Assim que chegaram ao Cetas, as aves foram identificadas, receberam tratamento médico-veterinário e foram soltas em um recinto para que pudessem diminuir a carga de estresse e melhorar o condicionamento físico”, disse ele.
“Muitas delas chegaram em péssimo estado de saúde devido às condições a que foram submetidas, tanto no transporte por parte dos traficantes de animais silvestres quanto pelo cidadão que mantinha a posse ilegal de algumas aves engaioladas. Por esse motivo, das mais de 1.300 aves que chegaram ao Cetas, em torno de 50 foram a óbito”, acrescenta.
“Se elas tivessem continuado na rede do tráfico, até o consumidor final, 90% (mais de 1.000) morreriam uma vez que os traficantes não se preocupam com o bem-estar do animal mas apenas com o lucro a qualquer preço. É importante frisar que o tráfico só existe porque há quem compre”, completa o analista.
Fonte: Notícia Animal