Médicos-veterinários dão dicas para cuidar dos pets na primavera

Alergias respiratórias e intoxicações por ingestão de plantas são comuns nesta época
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pexels

A estação das flores chegou e com ela dias ensolarados, vegetação exuberante e temperaturas ligeiramente elevadas. Beleza à parte, na primavera – época de poucas chuvas e do frequente incômodo da baixa umidade relativa do ar – a saúde merece atenção. Os passeios ao ar livre são uma ótima pedida, mas nessas condições é preciso cuidado com o bem-estar de seu pet.

“É tempo de reprodução e de farta alimentação à maioria das espécies animais, contudo, as interações humanas têm determinado circunstâncias deteriorantes do equilíbrio nesta época – poluição do ar, redução de áreas verdes –, cujos efeitos são perceptíveis nas reações orgânicas e patológicas cada vez mais extensas”, enfatiza o médico-veterinário Prof. Dr. Carlos Augusto Donini, presidente da Comissão Técnica de Políticas Públicas do CRMV-SP.

De acordo com Donini, nesse cenário surgem as alergias respiratórias, que, quando associadas à baixa umidade, favorecem as infecções oportunistas, sendo que os felinos são mais suscetíveis que os cães. Temperaturas médias elevadas sem chuvas permitem e determinam que micro-organismos patogênicos se multipliquem nos alimentos e nos depósitos de água mal manipulados e higienizados.

“Cada indivíduo, segundo raça, idade, cor e manejo, demanda condições de conforto específicas e o médico-veterinário é o melhor consultor para levá-lo à condição saudável”, afirma Donini, lembrando que o calor induz à maior frequência de banho e tosa de cães e gatos, que em excesso pode provocar lesões de pele, coceira intensa e manchas.

Outros problemas comuns à estação

Outro agravante dessa estação é a alta incidência de pulgas, pernilongos e os temidos carrapatos, que são responsáveis pela transmissão de vários tipos de doenças graves e letais quando não diagnosticadas e tratadas a tempo. Além de serem zoonoses – transmissíveis ao ser humano –, cada uma delas tem tratamento diferente e são passadas apenas pelas picadas do carrapato e não entre os cães.

A médica-veterinária Carolina Saraiva Filippos, da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, destaca que, durante a primavera, cães e gatos costumam sair mais e, com isso, podem sofrer de alergia ao pólen e com intoxicação por ingestão de adubo ou plantas tóxicas, comuns em parques e jardins. “Caso haja sinal de alergia, levar imediatamente ao médico-veterinário que irá indicar o tratamento de acordo com a causa e a gravidade do caso”, ressalta.

Confira as dicas e recomendações para a estação:

1- Mantenha o conforto térmico e respiratório dos animais em ambientes frescos, arejados;

2- Reduza o uso de desinfetantes concentrados e perfumados;

3- Panos e tapetes devem ser expostos ao sol sistematicamente;

4- Deixe a disposição do pet água fresca e renovada;

5- Evite exposição de alimentos por mais de duas horas (recolha ou descarte-os);

6- Não use perfumes nos animais, nem odorizantes ambientais;

7- Mantenha rígido controle dos insetos e parasitas. Use produtos repelentes e parasiticidas sistêmicos (orais ou transdérmicos), com critério e sob supervisão médica-veterinária;

8- Não deixe que seu pet frequente espaços com vegetação – grama ou mato –, com mais de 10 cm de altura e que não esteja exposta ao sol;

9- Inspecione os animais – entre dedos, pescoço, virilha e cauda – ao retornar de passeios ou viagens;

10- Não deixe plantas tóxicas (azaleia, bico-de-papagaio, comigo-ninguém-pode, crisântemo, dama da noite, lírio, samambaia, entre outras) ao alcance dos pets;

11- Cuidado com abelhas e formigas, cuja picada também pode ocasionar crises alérgicas. A estação aumenta ainda o risco de leptospirose.

12- Busque sempre com seu médico-veterinário orientação de manejo de seu animal e sempre que o pet apresentar alterações de saúde ou de comportamento.

 

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