Somente este ano, a Polícia Federal apreendeu aproximadamente 400 animais, principalmente aves, destinadas ao tráfico ilegal. Embora Santa Catarina não figure entre os Estados que mais praticam esse crime, a região é considerada rota de passagem. Araras e papagaios estão entre os mais visados em função da beleza. O tráfico ilegal de animais será um dos temas da Rodada Técnica de Animais Silvestres, promovida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), no dia 10 de setembro no Hotel Mercure – Itacorubi.

Estatísticas e dados serão apresentados pelo policial federal Carlos Eduardo T. Costa, da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph). O tráfico de animais é crime cuja pena varia de seis meses a um ano de detenção, e pode ser aumentada se o crime for praticado contra uma espécie em extinção. Quem compra também sofre a mesma penalidade.

“A partir do momento em que são retirados ilegalmente da natureza, esses animais necessitam de documentos que atestem uma origem legal. As normativas exigem que eles sejam marcados (anilhas ou microchips) e que tenham documentação de venda (nota fiscal). A falsificação ou adulteração de anilhas é muito comum. A falsificação e adulteração de notas fiscais, também”, explica Costa.

Durante o evento, que irá reunir médicos veterinários e zootecnistas da região Sul do País, também serão abordados outros assuntos como o Sistema Nacional de Anilhamento (SNA), autorizações para pesquisa e marcação em animais silvestres e as principais doenças que atingem os animais silvestres.

Fonte: CRMV-SC