O mercado de peixes ornamentais atrai cada vez mais criadores em todo o País. Em São Paulo uma feira especializada chega a vender 800 mil unidades por ano.
A produção, que teve origem na China, a cada dia atrai novos investidores. O piscicultor José Macedo começou a investir nesse mercado e passou a trabalhar junto com o genro. São mais de 100 mil unidades de peixes ornamentais na propriedade de quatro hectares na cidade de Alambari, interior paulista. Um negócio tão lucrativo que a família, que produzia somente carpas, enxergou na espécie kinguio uma forma de aumentar os lucros.
Como em qualquer outra cultura, a dedicação é diária. Os peixes são alimentados duas vezes ao dia e consomem, em média, aproximadamente 500 quilos de ração, com um custo de R$ 2 mil. Além de se preocupar com a alimentação dos peixes, Macedo também utiliza calcário e sal para controlar o nível de acidez da água. O manejo é essencial para garantir a sobrevivência das espécies cultivadas na propriedade. O produtor fez a chamada desova há mais de um mês e o momento agora é de início da safra.
Depois da desova os peixes são trazidos para tanques onde a temperatura é em média 25°C. Eles permanecem nos tanques por um período de até quatro meses e em seguida são remanejados para um processo de adaptação, onde vão viver em aquários.
Os peixes chamam a atenção pela beleza, o desfile de cores é a principal característica dos peixes de água doce. O kinguio telescopio, conhecido popularmente como japonês por conta do formato do olho, tem o preço de mercado em torno de R$ 25.
Em São Paulo, há somente três mercados desse gênero. Em Santo André, na região metropolitana, o mercado se dedica três dias da semana à feira de peixes ornamentais. No ano passado, foram vendidas mais de 800 mil unidades. De acordo com o técnico responsável pelo mercado, Adilson Baldani, o crescimento do setor atualmente é de 35%.
Para o biólogo Robson de Almeida, a paixão por peixes surgiu na infância, assim como a maioria dos piscicultores, e agora o que era apenas hobby já é sua profissão há oito anos. “É um mercado que vem crescendo”, afirma.
O piscicultor Anselmo Placco se junta toda semana aos outros 60 produtores que participam da feira especializada. Segundo ele, o momento do setor é tão bom que, em pouco mais de uma hora, ele vende 50% de todos os peixes que levou para comercializar.
Fonte: Canal Rural (acessado em 28/11/2011)