Na última semana, o indicador Esalq/BM&F Bovespa boi gordo à vista acumulou valorização de 0,37%, sendo cotado a R$ 96,51/@ na última quarta-feira. O indicador a prazo foi cotado a R$ 97,56/@, permanecendo praticamente estável nos últimos sete dias com variação positiva de 0,02%. Nos últimos 30 dias, os preços a prazo recuaram 2,89%, mas em relação ao mesmo período do ano passado os preços atuais estão 15% mais altos.
Físico
Na última semana, o frio se tornou mais intenso, inclusive com geadas em algumas importantes regiões produtoras do País, e os compradores passaram a pressionar os preços, na esperança de adquirir animais a preços mais baixos. De acordo com a previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para os meses de julho, agosto e setembro, as temperaturas continuarão em queda.
Segundo dados do Cepea, os preços do boi gordo estiveram mais firmes no mercado paulista nos últimos dias. “Compradores têm aumentado a pressão sobre os valores do animal, mas a disponibilidade de bois prontos para o abate está pequena. Assim, a média diária dos preços em São Paulo registrou pequenas altas em alguns dias e ligeiras quedas em outros.
Abates
Segundo a pesquisa trimestral de abates, no 1º trimestre de 2011 foram abatidas 7,097 milhões de cabeças de bovinos, representando queda de 1,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 0,2% em relação ao mesmo período de 2010.
Houve aumento de 19,4% na participação das fêmeas (vacas e novilhas) no abate total. Em relação mesmo período do ano passado, o abate de fêmeas cresceu 11,57%.
Futuro
Na BM&FBovespa, com exceção de junho/11 – que será liquidado hoje e terminou o pregão de ontem a R$ 97,00/@, acumulando queda de R$ 0,70 na semana – todos os vencimentos de 2011 acumularam alta durante a semana. Os contratos com vencimento em julho/11 fecharam a R$ 99,65/@, com variação positiva de R$ 0,46. Outubro/11 registrou valorização de R$ 1,35, fechando a R$ 103,86/@.
Confinamento
Durante a Feicorte, o zootecnista da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) Bruno Andrade falou sobre as expectativas dos associados da Assocon para o confinamento de 2011.
“Fizemos uma primeira pesquisa em março/abril e o pessoal estava bem otimista. Tanto é que ela mostrava 31% de expectativa de crescimento. Entretanto, foram passando os meses e vimos que o preço do boi gordo piorou, os insumos continuaram altos e o preços para aquisição do boi magro ainda continua alto. Percebemos que o pessoal está pensando duas vezes antes de investir um pouco mais na atividade para este ano, mas ainda é cedo para dizer com certeza o que vai acontecer”, diz ele.
“Nessa primeira pesquisa, verificamos que a quantidade de gado comprado para o ano de 2011 é semelhante à quantidade comprada no ano de 2010. A expectativa de crescimento é que pode ser comprometida; se os preços continuarem se deteriorando, essa expectativa não vai acontecer e o confinamento não vai crescer esse ano”, completou.
Fonte: Beef Point (acessado em 01/07/2011)