A Diretoria de Meio Ambiente de Mongaguá iniciou, ontem, um projeto que pretende evitar a reincidência de casos como o ocorrido em janeiro, quando foram encontradas cerca de dez toneladas de peixes mortos na orla da praia, provenientes da atividade de pesca de arrasto de camarão.
O Procedimento Municipal de Monitoramento Marítimo consiste na distribuição de fichas entre os pescadores, banhistas e moradores para serem preenchidas com telefones de contato para denúncia, caso sejam notadas irregularidades, como barcos de pesca industrial próximos da costa.
“Com a fiscalização de uma instituição de credibilidade que tem contato direto com o mar, como o Corpo de Bombeiros, acredito que teremos resultados significativos na proteção de nosso patrimônio natural marítimo”, destaca o oceanógrafo da Diretoria de Meio Ambiente, Fernando Henrique Gonçalves.
Gonçalves lembra que a pesca predatória, seguida de descarte irregular, causa impactos ambientais, econômicos e sociais. “A ocorrência de janeiro gerou devastação do leito marinho e prejudicou a economia local, já que o mau cheiro e os boatos de que a área estaria contaminada afastou os turistas em plena temporada de verão”.
Esse tipo de pesca prejudica os pescadores artesanais, cujos apetrechos de pesca são arrastados por embarcações maiores. O projeto, elaborado pelo oceanógrafo da Diretoria de Meio Ambiente, foi aprovado durante reunião no Instituto de Pesca, em fevereiro. A ficha foi formatada pelo instituto em parceria com a Prefeitura de Mongaguá e a Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha Litoral Centro.
Irregularidades podem ser denunciadas pelo telefone (13) 3445-3049 ou e-mail da Diretoria de Meio Ambiente (meioambiente@mongagua.sp.gov.br), Patrulha Marítima da Polícia Ambiental (13) 3341-6145, Polícia Ambiental de Itanhaém (13) 34223765 ou Instituto de Pesca (13)3261-5474.
Fonte: Instituto de Pesca (acessado em 25/03/11)