Devido às mortes e a outros problemas causados pela vacina antirrábica usada na campanha de 2010, que foi cancelada, o Ministério Público Federal de São Paulo recomendou ao Ministério da Saúde que adote as medidas necessárias para assegurar que as vacinas da próxima campanha contra a raiva em cães e gatos sejam “prévia e suficientemente testadas” pelo laboratório fornecedor e pelo laboratório oficial de controle de qualidade do Ministério da Agricultura.
Segundo o MPF, o objetivo é o de evitar os problemas enfrentados anteriormente, quando foram registrados 217 mortes de animais e sintomas adversos como hemorragia, convulsões e dificuldade de locomoção.
A recomendação também pede a imediata suspensão da próxima campanha de vacinação, caso sejam registradas novamente reações adversas e mortes de animais. “Além de proteger a saúde e o bem-estar dos animais, a medida também tem como objetivo evitar o fracasso de futuras campanhas, com o consequente surgimento de novos casos de uma doença que já se encontrava praticamente erradicada no País”, afirma a procuradora da República responsável pelo caso, Adriana Zawada Melo.
Outra preocupação do MPF é garantir que “sejam adotadas as medidas necessárias para assegurar à população o direito à informação sobre as causas da ocorrência de possíveis reações”.
Fonte: Terra (acessado em 11/01/11)