Municípios do interior de São Paulo investem em trabalho preventivo contra transmissão da raiva

O Ministério da Saúde confirmou nesta semana a morte de um gato em consequência do vírus da raiva, em São Paulo. O último caso em animais domésticos foi registrado há 30 anos na capital. Quem trabalha no campo conhece bem esse vírus e as consequências da doença, que pode causar a morte do animal e colocar em risco também a saúde das pessoas.

No interior de São Paulo, os morcegos são uma das principais preocupações para os pecuaristas. A mordida desses animais pode transmitir raiva para o gado. A Defesa Agropecuária de muitos municípios do Estado tem trabalhado com medidas de prevenção para conter o problema.

Os pecuaristas de Joanópolis, cidade do interior paulista, já sofreram por causa desses animais. O pecuarista Laurivam da Silveira viu animais morrendo devido às mordidas de morcegos. Ele chegou a perder 11 cabeças de uma só vez e lembra que, na época, a maior preocupação era não saber do que se tratava.

Na região Bragantina, onde fica a cidade e mais 17 municípios, o problema foi controlado. Mas a geografia da região é propícia para os chamados hematófagos, que se alimentam de sangue de herbívoros como bovinos e equinos.

De acordo com a regional de Bragança, em 2010 foram notificados 15 casos de raiva transmitida por morcegos, 14 deles em bovinos. Já em 2011, o número caiu para cinco. Segundo o veterinário da Secretaria de Agricultura de Joanópolis, Sidney Franklin, a redução se deve ao trabalho de prevenção feito com os pecuaristas.

Durante o dia, os morcegos hematófagos costumam se esconder em abrigos artificiais, como casas abandonadas, ou naturais, como cavernas e grutas. Os lugares são propícios para digestão e reprodução destes animais.

Segundo o veterinário, se um hematófogo for visto exposto ao sol é motivo de preocupação, pois ele pode estar com o vírus da raiva circulante. Nesses casos, é preciso checar o gado e tomar medidas de emergência como a aplicação de pastas vampiricidias, facilmente encontradas em casas agropecuárias.

A vacinação antirrábica nos herbívoros não é mais obrigatória pelo programa nacional, mas, de acordo com o veterinário, 70% dos produtores rurais vacinam. Uma vez por mês ou de dois em dois meses, dependendo da distância, a equipe de Defesa Agropecuária visita os abrigos, todos dentro de fazendas da região. Mesmo assim, não há como ter 100% de controle.

O veterinário reforça que o manuseio com o gado doente também pode contaminar o homem. Além disso, os animais transmitem outras doenças, inclusive pelo ar.

Fonte: Canal Rural (acessado em 19/01/2012)

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