Nova Luz espalhará rato, pombo e morcego

Ratazanas, camundongos, pombos e morcegos devem se espalhar pelo centro paulistano com as obras de revitalização da cracolândia. A debandada é um dos 23 prováveis reflexos negativos apontados no estudo de impacto ambiental do projeto Nova Luz, da prefeitura.

Pombos e morcegos podem ir longe, mas mesmo ratos podem se deslocar por 3 km, o que os levaria à avenida Paulista e a bairros como Higienópolis e Pacaembu. A dispersão seria provocada por demolições e escavações, que destruirão habitats como porões, sótãos, forros e galerias. As obras devem começar no ano que vem.

O que mais preocupa, pelo número e pela nocividade, são os ratos. Embora haja estimativas de que eles sejam milhões na cidade, não existe levantamento científico. O parâmetro mais confiável é o Índice de Infestação Predial por Roedores, feito pela prefeitura em 2009, que apontou que em média 23% dos imóveis têm roedores. Há três tipos na Luz, todos originários da Ásia, de onde vieram de navios ainda na aurora do país, no século 16.

Para amenizar o impacto, o estudo sugere controle químico antes de demolições e escavações. O alcance da dispersão depende de dois fatores. Um é o tamanho da interferência, já que eles preferem deslocamentos curtos.

A perturbação do sossego, porém, promete ser grande: fora as escavações, serão demolidos 546 imóveis, com área construída de 284 mil m², o equivalente a três estádios como o do Morumbi.

O outro fator é encontrar o novo habitat. Segundo o biólogo do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico João Justi Júnior, são “quatro as”. “Acesso, abrigo, alimentação e água”, afirma.

Para ele, a preocupação deveria ser com o controle da população desses animais. “Pelo tanto de reclamação que a gente recebe, deve ter aumentado bastante”, diz.

Candidato a “pior amigo do homem” desde a Idade Média – transmite cerca de 30 doenças -, o rato é um animal bem paulistano: estima-se que está na cidade desde a sua fundação, em 1554. Mas na Luz ele não é o único animal sinantrópico (que se adaptou a viver junto ao homem, mesmo sem a vontade deste). O estudo detectou escorpiões, baratas, aranhas, formigas, mosquitos e abelhas. A dispersão desses, no entanto, não preocupa.

Fonte: Folha de S. Paulo (acessado em 05/09/2011)

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