Em uma década, o número de espécies animais ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo cresceu 64%, de 267, em 2000, para 438, em 2010. O número de espécies conhecidas da fauna silvestre paulista aumentou 21,2%, de 2.071 para 2.510.
Os dados são do Painel da Qualidade Ambiental 2011, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. O relatório também aponta que o índice de espécies ameaçadas – que representa o percentual de espécies ameaçadas em relação às conhecidas – subiu de 12,9% para 17,5%.
Crescimento urbano
A bióloga Cláudia Terdimann Schaalmann, diretora do Centro de Fauna Silvestre da Secretaria, apontou ao G1 o crescimento urbano como um dos motivos para o aumento das espécies em extinção.
Mas ela destaca, na contramão, o exemplo da onça parda: a espécie, antes na lista de ameaçados, se adaptou bem, e o número de animais aumentou em várias regiões metropolitanas. “Está havendo não só aumento na fauna ameaçada, mas a verificação de que algumas espécies estão se tornando mais generalistas, adaptando-se à nova paisagem”, explicou.
Saneamento ambiental segue abaixo do ideal
Além dos dados sobre a biodiversidade e a fauna silvestre, o relatório da Secretaria de Estado do Meio Ambiente também trouxe 20 indicadores para apontar uma evolução da qualidade ambiental em São Paulo, abordando temas como qualidade do ar e da água, contaminação do solo, mudanças climáticas, economia verde e saneamento ambiental.
Dos quatro indicadores referentes ao saneamento, um foi ruim, dois medianos e somente um adequado.
Do total de 21 indicadores, seis já estão nos patamares planejados para 2020; 13 estão regulares e dois, ruins. O secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, afirma que, apesar de alguns indicadores ainda terem índices insuficientes, houve estabilidade ou melhora em todos eles.
Fonte: Destak Jornal (acessado em 28/11/2011)