ONG alerta sobre perigo imediato de extinção para 25 espécies de primatas

Vinte e cinco espécies de primatas vão desaparecer se não forem tomadas rapidamente medidas eficazes para protegê-las, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira (18) pela IUCN – União Mundial para a Conservação da Natureza e por outras organizações de defesa da biodiversidade.

No total, cerca da metade (48%) das 634 espécies de primatas que vivem na Terra já estão na lista vermelha das espécies ameaçadas da IUCN. Um aumento muito rápido, pois, em 2007, eram 25% que estavam em perigo, segundo um informe anterior da ONG.

Entre as espécies mais ameaçadas de desaparecimento, cinco estão em Madagascar, seis no continente africano, onze na Ásia e três na América do Sul e Central, segundo o último informe divulgado por 85 especialistas do mundo inteiro.

O mais ameaçado de todos é o langur de Cat Ba (Trachypithecus poliocephalus poliocephalus), do nordeste do Vietnã, do qual há apenas entre 60 e 70 espécimes. Na mesma região, a população de gibões de crista negra (Nomascus nasutus) está limitada a cerca de 110 indivíduos.

Em Madagascar, restam menos de cem de lêmures pertencentes à espécie Lepilemur septentrionalis, também citada no informe.

As espécies mais ameaçadas não são aquelas cuja população é a mais reduzida, e sim aquelas cujos habitats estão sendo destruídos e que continuam sendo caçadas pelo homem.

Mais raro

“De fato, a espécie de primata mais rara é o gibão de Hanan (China). Mas os chineses já aplicam medidas de conservação muito rigorosas. Isso não está na lista, pois há pouco a acrescentar a esses trabalhos de conservação”, declarou à AFP Simon Stuart, presidente da Comissão de Sobrevivência das Espécies da IUCN.

“No reino animal, os primatas pertencem aos grupos de vertebrados em maior perigo”, ressaltou o presidente do grupo de especialistas sobre primatas da IUCN, Russell Mittermeier, em comunicado.

O comunicado foi divulgado pela IUCN e por várias ONGs de defesa da biodiversidade na ocasião da apresentação do relatório no zoológico de Bristol, no Reino Unido.

“O objetivo da lista das 25 espécies de primatas mais ameaçadas é chamar a atenção do público, incitar os governos a fazer mais, e, em particular, encontrar meios de aplicar medidas de proteção urgentes”, explicou Mittermeier.

Os protetores dos primatas querem participar da Convenção sobre a Biodiversidade, que será realizada com apoio da ONU, em outubro, no Japão, e ressaltaram que os meios de mobilização estão ao alcance.

“Quando a espécie está confinada em um pequeno território, não é caro para a sociedade protegê-la”, disse Stuart.

“Mas uma coisa é salvar uma espécie da extinção, como fazem os chineses, e outra é falar de repovoar”, ressaltou o especialista.

Fonte: Folha de São Paulo (acessado em 19/02/10)

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