A operação “Boina Verde”, que fiscaliza mercados no Amazonas, apreendeu uma tonelada e 97 quilos de peixe, além de 97 quelônios, na manhã do domingo (6), na Feira da Liberdade, no município de Manacapuru, a 68 km de Manaus. Os produtos ilegais seriam comercializados pelos feirantes do local. A intervenção recolheu, ainda, 190 ovos de quelônios e mais de 640 quilos de carne de caça. Um feirante foi preso e encaminhado para a delegacia do município.
Durante a apreensão, 95 quelônios vivos foram encontrados dentro de uma caixa d’água, em um dos boxes da feira. De acordo com o tenente Abreu, do Batalhão Ambiental, esta não é a primeira vez que produtos irregulares são comercializados livremente no local. “A feira da liberdade é recorrente em questões de infrações ambientais, principalmente em carne de caça e quelônios. Nós fazemos campanha de conscientização, mas, infelizmente, a tradição do consumo desses animais ainda é muito apreciada pelos amazonenses. Só há a oferta porque há a procura”, lamentou.
Segundo o tenente, parte dos comerciantes ilegais fugiram ao constatar a presença dos soldados da fiscalização. Apenas uma pessoa foi detida no local, apreendida com dois quelônios mortos e outros 70 ovos do animal. O policial informou que irá solicitar levantamento da Sessão de Inteligência para identificar outros feirantes que vendiam as mercadorias proibidas.
O pescado ilegal foi doado à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município. Os quelônios mortos, carne de caça, e os ovos de quelônios apreendidos na operação foram enterrados na lixeira pública de Manacapuru, conforme previsto na legislação ambiental. Os 95 quelônios encontrados vivos serão reintegrados a natureza pelas equipes do Batalhão Ambiental.
Segundo recomendações do órgão, a população pode ajudar na fiscalização dos produtos, denunciando por meio do telefone (92) 8842-1547 ou pelo 190. “É importante que toda a sociedade nos ajude nesta operação. O consumo de carne de caça e quelônios é uma prática ilegal e todos devem se conscientizar disso”, frisou.
Fonte: Ambiente Brasil