Ostras não devem ser comidas cruas

Segundo pesquisa publicada no Brazilian Journal of Infectious Diseases, a ingestão de ostras cruas ou mal cozidas deve ser evitada, pois esses animais contêm naturalmente microorganismos como o Vibrio parahaemolyticus, responsável por gastrenterite. O trabalho é de autoria de Regine Helena Vieira, do Instituto de Ciências Marinhas de Fortaleza (Ceará), e colegas, e foi disponibilizado na primeira edição de 2010.

De acordo com os autores, para colheita de dados, em um mês para cada 12 meses durante o estudo foram selecionadas de 10 a 18 ostras para análise. Após 12 meses, conforme explicam eles, os animais atingiam tamanho comercial e eram vendidos em mercados. Aproximadamente 150 ostras e seus materiais intravalvulares foram examinados pelos pesquisadores.

Entre os resultados do levantamento, os especialistas revelam que “na maioria dos 12 meses de vida das ostras, foi possível identificar populações da bactéria Vibrio parahaemolyticus. O espécime Vibrio carchariae foi identificado em quatro coletas. Entre outras espécies isoladas, o mais importante foi V. vulnificus, tendo em vista os riscos à saúde pública, apesar de este ter tido apenas uma amostra confirmada”.

Regine e colegas alertam: “nesse estudo, contamos e identificamos um grande número de Vibrio spp., potencialmente patogênicos, de ostras em idades jovens até os indivíduos em tamanho comercial. Eles são ubíquos e podem se multiplicar em números perigosos muito rápido”. Os cientistas concluem que “vendidos em mercado, esses animais nunca devem ser comidos crus ou mal-cozidos devido à grande quantidade de espécies do gênero Vibrio encontrada – variedade que naturalmente vive nesses moluscos em seu ciclo de vida e que é reconhecida por seu potencial nocivo aos humanos”.

Fonte: O Serrano (acessado em 06/05/10)

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