Mesmo com a suspensão da vacinação contra a raiva em São Paulo, causada pela suspeita de sérias reações adversas em cães e gatos, a população pode ficar tranquila, afirma a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo. Segundo a pasta, o Centro de Vigilância Epidemiológica, com base em avaliação do Instituto Pasteur, garante que não há risco iminente da volta do vírus da raiva animal em razão da paralisação.
A variante do vírus que atinge cães e gatos, diz a secretaria, não circula no Estado desde 1998, “mesmo em anos em que a campanha foi atrasada ou adiantada”.
A vacinação foi suspensa na Capital anteontem, a secretaria recomendou a medida a todos os municípios. O motivo foi a morte de quatro gatos e dois cães por choque anafilático. Em um caso já foi constatada a relação entre a morte e a vacina, os outros estão em análise.
Iniciada na segunda-feira, a campanha vacinou 121.691 animais no Estado. Ao todo, 567 apresentaram reações, 38% delas graves. Apatia, febre, dor intensa e sonolência são os efeitos mais notados nos bichos, a maioria gatos e cães de pequeno porte.
O Ministério da Saúde divulgou em nota recomendando que a vacinação antirrábica seja mantida em todo o país. De acordo com a pasta, a taxa de efeitos colaterais graves decorrentes da imunização, por enquanto, é de 0,0029% e está abaixo da relatada na literatura internacional.
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru (acessado em 23/08/10)