Os serviços veterinários do Paraguai concluíram neste domingo (25/09) as tarefas de sacrifício de 820 cabeças de gado bovino para isolar um foco de febre aftosa e buscar a reabertura dos mercados internacionais a seus produtos de carnes.
As 819 cabeças de gado da fazenda Santa Helena, além de um bezerro nascido durante a realização dessas tarefas, foram abatidas e os corpos foram empilhados em três fossas com a ajuda de tratores antes de serem seladas com cal.
Esses trabalhos haviam começado na quinta-feira passada, após a confirmação que 13 cabeças de gado tinham contraído febre aftosa, o que provocou o sacrifício preventivo dos demais animais, como estabelecem os protocolos veterinários.
“Iniciamos agora uma etapa de pesquisa epidemiológica para determinar se outros animais estiveram em contato com o vírus”, detalhou à Agência Efe o presidente interino do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), Carlos Simón.
Além disso, está sendo mantido um bloqueio total de cinco quilômetros em torno do foco e a proibição da transferência de animais em todo o departamento de San Pedro.
A entidade agora elaborará o segundo relatório semanal sobre os procedimentos realizados para remetê-lo à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) e aos mercados internacionais.
“Uma vez que esteja contido o foco, já há condições de encaminhar os trâmites para solicitar a recuperação do status de país livre de febre aftosa com vacinação”, destacou o presidente interino do Senacsa.
O governo paraguaio anunciou na segunda-feira a suspensão temporária das exportações de produtos de carnes, primeira fonte de divisas da economia do país depois da soja. Segundo estatísticas da Associação Rural do Paraguai, a carne bovina do país chega a 64 países e gera em condições normais uma receita mensal de US$ 75 milhões.
Fonte: Correio do Estado (acessado em 26/09/2011)