Pesquisa aponta que cadelas são mais atentas a mudanças inesperadas do que machos

Uma pesquisa realizada por cientistas austríacos mostra que as cadelas provavelmente são mais capazes de detectar mudanças inesperadas do que os cães machos. É o que afirma uma reportagem do site “Discovery”. Em um teste realizado, elas demonstraram perceber um evento surpreendente, enquanto os machos aparentemente mantiveram-se alheios. Os resultados, que serão publicados na próxima edição da “Biology Letters”, demonstram que, assim como os humanos, os animais também apresentam diferenças de gênero na forma como o cérebro funciona.

A pesquisa testou 50 animais de estimação das raças poodle, pastor australiano, golden retriever e vira-latas. O objetivo era testar se os cachorros seriam capazes de perceber a mudança de tamanho de uma bola. Algumas vezes, por exemplo, uma bola do tamanho de uma bola de tênis apareceu numa tela e, após um pequeno intervalo, uma outra maior era mostrada.

Quando a bola aparecia num tamanho diferente do primeiro, as cadelas olhavam mais para ela do que quando o objeto surgia do mesmo tamanho da primeira vez, uma indicação para os cientistas de que as fêmeas perceberam alguma coisa errada. Já os machos levaram o mesmo tempo olhando a bola diferente e a bola do mesmo tamanho. Entre os humanos, bebês muito novos não parecem notar essa mudança, mas começam a reagir à estranheza durante o primeiro ano de vida.

“Há muitas evidências das diferença nos processos cognitivos entre homens e mulheres humanos. Pensando dessa forma, certamente era de se esperar encontrar alguma diferença entre os gêneros também nos animais. Não é possível ainda afirmar se os machos não percebem a diferença, ou se percebem e não ligam”, diz o pesquisador Corsin Müller, que liderou o estudo.

Não houve diversidade de resultado entre os animais castrados, o que sugere que as diferenças no cérebro são estabelecidas cedo, e não são resultado da circulação hormonal nos cães adultos.

Os cientistas não sabem como ou por que essa diferenças existe. Müller e seus colegas não acreditam que haja uma influência evolutivas dos ancestrais desses animais.

“Fêmeas e machos não tinham estilos de vida muito diferentes a ponto de levar a uma diferença cognitiva como essa”, diz ele.

Mas o neurocientista da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, Timothy Koscik, aponta que as fêmeas precisam alimentar a prole, e isso poderia ter proporcionado uma grande pressão para ficar alerta a diferenças comportamentais.

“Se você quiser explicar qualquer diferença entre machos e fêmeas, essa provavelmente é a mais óbvia e significativa”, afirma ele.

Fonte: O Globo (acessado em 02/05/2011)

Relacionadas

Imagem de freepik
Imagem de mulher sorridente segurando telefone ao lado dos dizeres: Semana do Zootecnista. Inscreva-se.
homem careca de cavanhaque usando jaleco branco e escrevendo em uma pasta, dentro de um curral.
mão colocando envelope rosa dentro de uma urna de votação de papelão.

Mais Lidas

Diagnóstico por imagem é uma das especialidades reconhecidas pelo CFMV
Crédito: Acervo CRMV-SP
Notebook com a tela inicial da Solução Integrada de Gestão do CRMV-SP (SIG CRMV-SP)
Responsável técnico é a figura central que responde ética, legal e tecnicamente pelos atos profissionais da empresa
Crédito: Freepik
Em São Paulo, a primeira instituição destinada ao ensino da Veterinária teve origem no Instituto de Veterinária, nas dependências do Instituto Butantan, no ano de 1919 Crédito da foto: Acervo Histórico/FMVZ-USP

Contato

(11) 5908 4799

Sede CRMV-SP 

Endereço: Rua Apeninos, 1.088 – Paraíso – CEP: 04104-021
Cidade: São Paulo

Newsletter

Todos os direitos reservados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo – CNPJ: 50.052.885/0001-40