Pesquisa evidencia que MVs têm missão de desmistificar informações erradas sobre pets

Presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP reforça o papel educador dos profissionais

Uma pesquisa realizada a partir de 900 entrevistas em diferentes cidades brasileiras traz um breve panorama do comportamento dos tutores de cães e gatos. Para o presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, Dr. Rodrigo Mainardi, alguns pontos identificados no estudo deixam clara a necessidade de os médicos-veterinários contribuírem para desmistificar informações equivocadas que influenciam na tomada de decisões das pessoas em relação aos pets.

O levantamento foi realizado pelo IBOPE Inteligência, por encomenda da Mars Brasil –detentora de marcas como Pedigree e Royal Canin – em comemoração ao Dia do médico-veterinário, celebrado em 9 de setembro. Entre as ideias errôneas dos entrevistados ouvidos estão a de que pets adotados são os que mais precisam de atendimento de emergência, a de que animais sem raça definida (SRD) são sempre mais saudáveis e a de que gatos possuem mais resistência às doenças do que os cães – o que geraria uma economia nos custos com atendimento médico-veterinário aos tutores de felinos, comparado com os que possuem cachorros.

“Percebemos que ainda há muitas ‘crendices’ e um fator cultural muito forte sobre ideias pré-estabelecidas que não correspondem com a verdade e podem interferir diretamente na saúde dos animais”, comentou Mainardi.

Ele ressalta que embora haja uma tendência dos SRDs apresentarem uma saúde mais estável até por uma questão de seleção natural, esses animais precisam receber exatamente os mesmos cuidados que os que possuem raça definida.
Quanto ao argumento sobre a resistência dos gatos em relação aos cães, Mainardi comenta que pode estar atrelado ao fato de que os felinos são mais vistos como pets, enquanto os cães têm sido acolhidos como membros familiares de uma forma mais frequente.

Essa visão explica o fato de visitas aos estabelecimentos médicos-veterinários serem mais frequentes entre tutores de cães do que entre os de gatos (2,8 idas por ano contra 2,3, segundo a pesquisa).

“Nós, médicos-veterinários, em especial os clínicos de pequenos animais, temos a responsabilidade de orientar e prestar esclarecimentos. Precisamos gastar tempo com isso”, disse o presidente da comissão, que ainda frisou: “é o nosso papel educacional, que também contribui para a valorização profissional e a promoção da saúde pública.”

Serviços

A pesquisa revelou ainda que a frequência nos estabelecimentos de Medicina Veterinária é maior para consultas de rotina e vacinação (79% para cães e 76% para gatos) do que para o caso de surgimento de doenças (26% para cães e 19% para gatos) e de emergências (9% para cães e 12% para gatos).

“Sabemos que as consultas de rotinas ocorrem, na maioria das vezes, porque o animal foi levado para ser vacinado. Ainda assim, os percentuais mostram que há uma preocupação maior dos tutores com a prevenção de problemas de saúde em seus pets”, comenta o presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP.

Gastos médios com pets

Outra pesquisa revelou mais sobre o comportamento das pessoas em relação aos pets. Segundo levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o brasileiro gasta, em média, R$ 189 por mês com animais de estimação.

O principal gasto dos donos com os animais é com a alimentação. As rações foram citadas por 88% dos entrevistados e os petiscos, por 52%. Mais da metade (52%) afirma só comprar itens de alimentação de linha premium. Também foram citados xampus e condicionadores (57%), medicamentos e vitaminas (50%) e brinquedos (44%).

Aplicado a 796 internautas de todas as capitais, o estudo concluiu que 76% das pessoas com acesso à internet têm animais de estimação e apenas 8% delas associam seus animais a despesas.

Texto: Assessoria de Comunicação CRMV-SP.

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