Os pequenos ruminantes têm muitas exigências nutricionais em termos de proteínas, energia e minerais. Por isso, é importante que o produtor pense não em alimentos milagrosos que atendam a essa classe, mas no balanceamento nutricional, incluindo ingredientes que possam, de fato, atender a essas exigências. Além disso, é primordial fazer um planejamento alimentar para evitar surpresas desagradáveis, como a falta de forrageiras por escassez das chuvas. Medidas como essas podem garantir toda a produção, evitando prejuízos econômicos ao bolso do produtor.
“Os animais pertencem a classes e categorias diferentes. Para cada tipo de classe ou categoria animal, existe uma quantidade de ingestão de matéria seca, considerando os alimentos em uma mesma base. Isso varia desde 800 g até 3 kg”, afirma o pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos Marcos Cláudio Rogério.
Segundo ele, os alimentos que devem ser administrados pertencem normalmente a quatro classes principais: os alimentos volumosos, ricos em fibra; os concentrados, subdivididos em protéicos e energéticos; e os suplementos minerais.
“Na hora da alimentação dos animais, é preciso pensar primeiramente na disponibilidade dos alimentos ao longo do ano. Com base nas classes já citadas, é primordial estabelecer um planejamento de produção de alimentos na propriedade”, orienta o pesquisador.
Segundo Rogério, deve-se pensar nos volumosos, nas plantas forrageiras em geral e, ao mesmo tempo, verificar a possibilidade de uso dos alimentos concentrados que ficam mais caros em épocas críticas do ano. A ideia é trabalhar com alimentos alternativos, como subprodutos agroindustriais e resíduos de agricultura.
“Uma alimentação adequada traz como benefício a garantia de produção. Já o planejamento alimentar evita surpresas ao longo do tempo, pois o produtor pode prever, por exemplo, a escassez de chuvas e forragem antes que ocorra a falta de algum alimento”, diz.
Fonte: Mídia News (acessado em 09/01/2012)