A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (10/8) seis pessoas acusadas de pertencer a uma quadrilha que comercializava animais por meio de um site na internet. Segundo a polícia, o grupo agia no Brasil e no exterior.
De acordo com a assessoria da PF no Paraná, um casal que mantinha o endereço eletrônico foi preso em Arapongas (PR), e mais quatro pessoas foram detidas em na capital paulista.
No escritório do casal, foram encontrados animais que seriam entregues a pessoas que pagavam de R$ 500 a R$ 55 mil por espécie exposta no zoológico virtual. A quadrilha tinha criadouros particulares em vários Estados do País.
De acordo com o coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, entre as espécies mais comercializadas pela quadrilha, estavam aves da família dos psitacídeos, como araras e papagaios. Também há registros de tráfico de répteis e mamíferos da fauna brasileira e de países vizinhos. “Encontramos muitos lagartos, cobras raras, sapos, e também escorpiões e aranhas, o que pode configurar biopirataria, para uso das informações genéticas pela indústria farmacêutica”.
A operação foi realizada em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Paraíba. No total, 150 policiais federais e 106 fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) participaram da ação.
Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de fauna, tráfico de animais silvestres nativos, estelionato, sonegação fiscal, falsidade ideológica e biopirataria, entre outros.
O alvo das investigações a partir de agora serão os compradores dos animais e os responsáveis pelos criadouros, que, em alguns casos, tinham registro no Ibama para atividades conservacionistas, mas forneciam espécies para o comércio ilegal. “A operação vai ter desdobramentos. Criadouros que tinham registro para pesquisa científica e foram arregimentados para o tráfico internacional serão fechados”.
Fonte: Globo Rural (acessado em 11/08/2011)