A Justiça de São Paulo condenou uma veterinária a indenizar em R$ 11 mil os donos de um poodle de cinco anos que morreu após ser submetido a uma tartarectomia (retirada de tártaros).
A morte do cão, chamado Fred, ocorreu em agosto de 2011, em Amparo (a 130 km de São Paulo). A decisão de primeira instância foi publicada no início deste mês.
A veterinária Kátia Pereira Michelini, 46, ainda pode recorrer da condenação, que a considerou negligente por não ter solicitado exames de hemograma no poodle antes de aplicar anestesia geral.
Um laudo de necropsia apontou que “o cão morreu por síncope cardíaca associada a provável quadro de discrasia sanguínea” (alteração do sangue). O problema seria constatado se o hemograma tivesse sido feito, diz o laudo.
Outro lado
A veterinária disse à reportagem que vai recorrer da decisão por considerá-la “injusta”. “Foi uma fatalidade. Mas eu entendo o lado deles [donos do cão].”
Ela afirmou que Fred não morreu em função do atendimento dela. Michelini enviou ontem à Folha outro laudo que diz não ser possível associar a morte à anestesia geral.
Disse, ainda, que chegou a cobrar exames pré-operatórios, mas aceitou dispensá-los porque os donos alegaram que não tinham tempo e aceitaram que o procedimento ocorresse assim mesmo.
Fonte: Portal Folha de S. Paulo