Preço do leite sobe 7,4% em apenas 15 dias

O período de
entressafra para os produtores de leite mal começou, mas já provoca impacto
no bolso do consumidor. A trajetória de queda no volume de produção, aliada à
redução da oferta, fez o preço médio do produto disparar. Em apenas 15 dias,
o leite, em Belo
Horizonte
, passou de R$ 1,89 para R$ 2,03, uma alta de
7,4%. Em alguns supermercados da capital, o preço do tipo Longa Vida Integral
é encontrado a R$ 2,18. Os derivados, como queijo, manteiga e requeijão,
também acompanharam a alta. A tendência é de que, pelo menos até julho, as
altas devam continuar. Na outra ponta da cadeia produtiva, os produtores
começam a dar adeus ao tempo das vacas magras, já que, no campo, o valor pago
pelo alimento registrou, em abril, a terceira alta consecutiva.
Na comparação com o início do ano, a disparada de preços é ainda maior. Dados
da Secretaria Municipal de Abastecimento (Smab)
mostram que o preço médio pago pelo consumidor pelo leite em 8 de janeiro foi R$ 1,64, cerca de 23% menor se comparado
aos R$ 2,03 apurado no dia 13 de maio. Em outro levantamento, feito pelo site
de pesquisas Mercado Mineiro, nos meses de janeiro, abril e maio, é possível
perceber que os preços aumentaram até 36%, como no caso do litro do leite da
marca Batavo, que tinha o preço médio de R$ 1,59 e, atualmente, está em R$
2,17.
Outro aumento significativo foi observado no leite integral Cemil de 1litro, que custava em média R$ 1,70 no dia 15
de abril e, agora, custa R$ 2,08, uma alta de 22,35%. No caso dos derivados,
o requeijão Cotochés de 250 gramas teve um
aumento de 8,22%, saltando de um preço médio de R$ 3,04 para R$ 3,29.
A saída para o consumidor acaba sendo a pesquisa de preços entre os
estabelecimentos, já que a diferença entre as lojas também persiste. Para a
telefonista Maria Aparecida Diniz, o orçamento domestico
está sendo gravemente sacrificado, uma vez que este é produto essencial. “Não
posso ficar sem o leite. Alias, nem eu e nem a grande maioria das pessoas.
Por isso mesmo, este aumento é abusivo e lesa a
todos”, protestou Maria Aparecida.
Minas Gerais é o maior estado produtor de leite do país, com 7,6 bilhões de
litros captados no ano passado. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
(Cepea), em abril, o produtor mineiro passou a
receber o maior reajuste do país, de 2,8 centavos por litro, o que elevou o
preço médio do produto para R$ 0,63. “Ainda é pouco, pois, pelos nossos cálculos,
o produtor tem um custo acima dos R$ 0,70”, revela o presidente da Comissão
Técnica de Leite da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Eduardo Dessimoni. De
novembro a fevereiro, devido ao grande volume do alimento produzido no país,
o preço despencou na produção, chegando a custar em Minas Gerais R$
0,59.
“O preço no varejo está em alta há alguns meses. E somente agora o produtor
começa a se recuperar. Nós estamos vivendo uma época em que a produção está
escassa e já iniciamos o período da entressafra. Sendo assim, a expectativa é
de que os preços continuem a subir até julho e se mantenham estáveis
posteriormente”, acrescentou Eduardo Dessimoni.
Otimista, o produtor rural Cláudio Ivan Paris acredita que o tempo das vacas
magras vai acabar e já fala em recuperação da produção. “Atualmente, estamos
produzindo 650 litros
por dia e esperamos voltar ao mesmo patamar do início do ano passado, quando
nossa produção girava em torno dos 900 litros”.

Fonte: Agrolink,
acesso em 20/05/2009

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