Prefeito de Bauru promete fazer projeto de Conselho de Proteção aos Animais ainda neste semestre

Apesar de saberem das consequências que os animais mal cuidados trazem para a população, os cidadãos de Bauru continuam abandonando cães e gatos sem respeito algum com os bichos e também com a saúde pública. O prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho, prometeu encaminhar à Câmara de Bauru, ainda neste semestre, projeto de lei que prevê a criação do Conselho Municipal de Proteção aos Animais.

Ontem à tarde, a ONG Naturae Vitae entrou na Justiça contra o CCZ com uma ação civil pública pedindo que a Justiça intervenha no centro de zoonoses. Há algumas semanas, o Jornal da Cidade vem abordando a situação preocupante dos animais abandonados, ouvindo leitores indignados, Organizações Não Governamentais (ONGs) e órgãos públicos.

A polêmica que coloca o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão da prefeitura, no centro do debate sobre a eutanásia de animais gerou uma preocupação ainda maior. Em nota, o CCZ afirmou que só sacrifica animais que não estão sadios.

Rodrigo Agostinho completou a resposta dizendo que apesar de o animal estar aparentemente sadio, muitas vezes ele está com a doença. “Nós montamos um laboratório no CCZ porque, na época, a gente dependia de análises de exames do Instituto Adolfo Lutz, com o propósito de agilizar a realização desses exames”, ressalta.

De acordo com o CCZ, a doença está presente na cidade desde 2003. Em sete anos, foram registrados mais de 300 casos em humanos e 30 óbitos.

Rodrigo ainda enfatiza que os animais com leishmaniose nem sempre estão definhando e que os profissionais não vão esperar o animal chegar a esse ponto para tomar alguma providência. “O tratamento para leishmaniose é muito caro e ineficaz, por isso os animais, mesmo aparentemente sadios, sendo portadores da doença, são submetidos à eutanásia. Ninguém gosta de sacrificar nenhum animal”, enfatiza.

O prefeito também cobrou conscientização da população sobre o abandono de animais. A primeira medida a ser tomada nesse sentido seria a aprovação do projeto de lei que prevê a criação do Conselho Municipal de Proteção aos Animais em Bauru. A segunda seria promover campanhas de castração, que, de acordo com o prefeito, têm um custo muito alto. “Nós temos uma certa dificuldade de fazer a castração, mas vamos organizar essas campanhas. Já organizamos algumas no ano passado”, afirma ele.

Agostinho pretende fazer uma parceria com as faculdades de veterinária para ajudar na iniciativa. “Nós temos hoje, em Bauru, aproximadamente 60 mil cães. Ainda estamos planejando como será essa campanha. Queremos fazer parcerias com as universidades”, diz.

Outra tentativa, segundo o prefeito, seria promover a posse responsável de cães e gatos. “Nós vamos enfatizar mais a posse responsável, organizando palestras. Estamos acompanhando o problema de perto”, completa ele.

Adoção

Em nota, o Centro de Controle de Zoonoses afirmou que não recebe animais para serem disponibilizados à adoção. Somente aqueles recolhidos nas ruas ou que sofreram maus tratos são encaminhados à adoção.

Os animais deixados no CCZ pelos donos devem ter uma explicação registrada no processo administrativo instaurado para cada um deles. Os proprietários que não quiserem mais ficar com o animal e procurarem o CCZ serão autuados e deverão apresentar suas justificativas no decorrer do processo. Se o abandono for confirmado, o dono será multado em valores que podem variar de R$ 250 a R$ 2.500.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru (acessado em 15/04/10)

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