O presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Francisco Cavalcanti de Almeida, participou, na última segunda-feira (02/04), de Sessão Especial do Senado Federal em Comemoração à Erradicação da Febre Aftosa no Brasil e ao reconhecimento internacional da condição de país livre da doença, com vacinação.
O evento faz parte da “Semana Brasil Livre de Febre Aftosa”, organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com outras instituições. Almeida foi convidado a compor a mesa do evento ao lado do ministro Blairo Maggi, do presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, do senador Waldemir Moka, que presidiu a sessão, entre outras autoridades.
Com um discurso pautado na alegria em ter participado efetivamente da luta contra a doença, o presidente do CFMV enalteceu o papel decisivo do médico-veterinário na erradicação da aftosa, “desde a pesquisa, à construção de um antígeno de qualidade, reconhecido, mundialmente”.
Orgulho
O presidente do CFMV lembrou de sua trajetória como profissional e o orgulho de ter acompanhado a evolução tecnológica da fabricação da vacina contra a doença.
“Quando afirmo com alegria de ter participado deste combate, não foi fácil, focando a educação sanitária – conscientização do produtor rural; a vigilância sanitária e epidemiológica-profilaxia, trânsito e a interdição das áreas afetadas e por último, a vacinação”, enfatiza Almeida.
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(Francisco Cavalcanti de Almeida)
País livre
No próximo mês, em Paris (França), o Brasil receberá o certificado internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa com vacinação, abrangendo os estados do Amapá, Roraima, partes do Amazonas e Pará. Com isso, o processo de implantação de zonas livres de febre aftosa alcança toda a extensão territorial brasileira.
“Com esse status, a Pecuária brasileira passará para um patamar mais alto, permitindo novo desafio que conquistaremos até 2023, o reconhecimento internacional de todo o país livre da febre aftosa sem vacinação. Essa condição traz evidentes impactos positivos para o País na consolidação e ampliação de mercados para os produtores pecuaristas brasileiros”, ressalta Maggi.
Trabalho contínuo
A vacinação correta contra a febre aftosa de bovinos e búfalos, de acordo com o calendário nacional, é essencial na prevenção da doença. É também muito importante que o produtor adquira somente animais sadios e de origem segura. O transporte de animais sempre deve ser acompanhado da Guia de Trânsito Animal (GTA).
Em caso de suspeita da doença, o serviço veterinário oficial deve ser informado para que haja atendimento rápido e eficaz, evitando que a eventual ocorrência se alastre e cause maiores prejuízos à Pecuária nacional. O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo com vendas para mais de 140 países.