A Associação dos
Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs)
recomendou a redução da oferta de animais a fim de ajustar a produção ao
consumo. O presidente da entidade, Valdecir Folador,
explicou que a oferta de carne suína sempre esteve muito próxima da demanda e
qualquer retração de consumo provoca excedentes. O
produtor trabalha com prejuízo há oito meses, disse o dirigente, e os preços
continuam
redução da oferta poderia ser feita pelo descarte de leitões com pouco peso
ou dificuldades de desenvolvimento, explicou, num índice de 5% a 10%.
A redução do valor médio das exportações, que causa reflexo no preço interno,
e a epidemia de gripe A (H1N1) – que foi chamada de gripe suína antes que a
Organização Mundial de Saúde tivesse dado sua classificação oficial -,
colaboraram no recuo das cotações, analisou ele. O produtor gaúcho recebe
cerca de R$ 1,70 por quilo, ante um custo de R$ 2,30/Kg. Os abates subiram
3,5% no Rio Grande do Sul de janeiro a maio, para 2,817
milhões de suínos, e 4,6% na Região Sul, para 8,081 milhões de animais.
O Rio Grande do Sul tem aproximadamente dez mil produtores de suínos. Para
compensar o prejuízo com a suinocultura, o criador recorre à renda de outras
atividades agrícolas, enquanto espera por uma melhora de mercado, descreveu Folador. Os produtores defendem a adoção de um preço
mínimo na suinocultura e a intervenção do governo para reduzir estoques. Eles
sugerem a aquisição de produto para programas sociais do governo federal.
Fonte: Agrolink,
acesso em 15/07/2009