Profissionais discutem alternativas para manejo de animais silvestres

Encontro aconteceu dentro do Parque Anhanguera por iniciativa da Divisão de Fauna da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
Texto: Comunicação SVMA (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Pixabay

No último fim de semana, representantes de 13 estados brasileiros estiveram reunidos para o primeiro Encontro Técnico Nacional de Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (ENACS), promovido pela Divisão de Fauna Silvestre da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).

O evento ocorreu no auditório do Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), de 13 a 15 de abril, e teve participação de representantes dos estados da Bahia, Santa Catarina, Amazonas, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo, além de São Paulo.

Durante as palestras, debates e troca de experiências, técnicos que atuam na triagem e reabilitação da fauna silvestre, biólogos e médicos-veterinários ligados a Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e a Centros de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) discutiram alternativas para o manejo e conservação da biodiversidade.

O evento contou ainda com a participação de profissionais que atuam com a soltura e destinação de animais silvestres.

Divisão de Fauna

No primeiro dia do evento, a diretora da Divisão de Fauna da SVMA, Juliana Summa, apresentou uma linha do tempo do setor e os números dessa unidade veterinária, que já atendeu 76.666 animais; destes, 73% são aves, 21,2% mamíferos e 4,9% répteis.

O setor de Fauna Silvestre já recebeu 19.778 animais silvestres, oriundos do tráfico, sendo 95% composto por aves. O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior do País, perdendo apenas para drogas e armas. Após apreensões feitas durante operações policiais, os animais são trazidos ao CeMaCAS pela Guarda Civil Metropolitana Ambiental e Polícia Militar Ambiental.

Em 2017, a espécie mais apreendida foi o Pixarro, conhecida como trinca-ferro; seguida pelo Coleirinho e o Canário da Terra

Reabilitação e nutrição

Outro tema abordado, no dia 13, foi o da bióloga Juliana Russo, sobre reabilitação e nutrição de animais silvestres. Além da avaliação física do animal, o setor determina um plano de trabalho a ser executado e os principais desafios desta fase.

Quase 80% dos animais que ingressam na reabilitação do CeMaCAS são recuperados e devolvidos à natureza, aptos para a sobrevivência na vida livre. O Centro dispõe de um setor de criação de insetos (para alimentar alguns animais), quarentenário, laboratório, centro cirúrgico e clínica médica, um aparato justificado para atender a demanda.

Em 2017, mais de 40% dos animais recebidos no CeMaCAS traziam algum tipo de ferimento causado por ataque de outras espécies

Sentinelas e desafios da conservação

Já no segundo dia do encontro, o médico-veterinário Adriano Pinter apresentou conteúdo sobre a fauna silvestre como sentinela para a vigilância em saúde, listando as principais doenças, que são a febre maculosa brasileira, a febre amarela e a malária. Ele especificou o modo de captura dos animais envolvidos, o ciclo do agente da doença e como identificá-la.

O terceiro dia foi marcado por mesa-redonda sobre os desafios da soltura e a conservação de animais silvestres no Brasil. Segundo o biólogo Fernando Magnani, os principais problemas de soltura são a competição com as espécies exóticas existentes nos locais de destinação, os animais domésticos ferais, caça de passeriformes e impacto acidental da caça para consumo.

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