Todos sabem que a própolis é um verdadeiro banquete de benefícios à saúde. Porém, há pouco tempo, foi descoberto que a própolis brasileira é a melhor e a mais eficiente do mundo. Ainda que os cientistas saibam que a substância pode ajudar a conservar os alimentos, simplesmente adicioná-la in natura não é uma solução aceita por todos. A equipe da professora da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, Carmen Sílvia Fávaro Trindade, achou uma solução: colocar a própolis dentro de cápsulas microscópicas.
Experimentos realizados no Departamento de Engenharia de Alimentos da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP possibilitaram a microencapsulação de própolis.
Os pesquisadores conseguiram processar a substância até obter um pó que tornou o produto isento de álcool e com gosto e aroma atenuados. A seguir, foram geradas as microcápsulas que, aos olhos, não passam de um pó muito fino.
“A própolis é uma resina produzida pelas abelhas para proteger a colmeia. Seu efeito protetor poderia se estender também aos alimentos, proporcionando ação antimicrobiana, que evita a propagação de microrganismos, e antioxidante, que protege contra a oxidação lipídica. O objetivo da microencapsulação foi facilitar a incorporação aos alimentos”, destaca Carmen.
Para testar o material, os cientistas inseriram a própolis microencapsulada em amostras de salame. O resultado foi a obtenção de efeitos antimicrobianos e, principalmente, antioxidantes no produto.
Cápsulas invisíveis
O processo de microencapsulação transforma a própolis em cápsulas de dimensões invisíveis a olho nu, da ordem de dois a cem micrômetros (µm).
“A microencapsulação reduziu o cheiro forte da resina e amenizou seu gosto amargo. Além disso, o produto tornou-se solúvel em água”, explica Carmen.
Fonte: Diário da saúde (acessado em 16/12/10)