Como resposta às demandas profissionais e as mudanças socioeconômicas, a diretoria do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) instituiu quatro novas comissões, sendo três permanentes e uma técnica. Constituídos por meio de portarias, os grupos serão assessores nos temas relacionados a processos ético-profissionais, fiscalização, representatividade regional e agronegócio.
Entre as primeiras atividades da nova diretoria, empossada no início de agosto, foi a criação das novas comissões. Para o presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, a decisão foi impulsionada pelo dinamismo e a modernização inerente aos setores relacionados à Medicina Veterinária e a Zootecnia.
“A atualização busca atender as demandas profissionais e socioeconômicas, intrinsecamente ligadas às bases do Conselho, e formar o elo entre os parâmetros que consideramos ideais e a realidade cotidiana”, reitera.
Considerando a quantidade de empresas e profissionais inscritos; o número de autuações, multas, denúncias e processos administrativos e ético-profissionais; a necessidade de melhorar os procedimentos de fiscalização e de diagnosticar as principais causas de ocorrências de falhas éticas para o desenvolvimento de ações orientativas, foram instituídas as comissões de Fiscalização e de Estudos e Estatísticas dos Processos Ético-profissionais.
A Comissão voltada aos processos ético-profissionais será presidida pela Profª Drª Mitika Kuribayashi Hagiwara, conselheira do Regional desde 2012. “A professora defende a importância da legislação, sua aplicação, e a influência da ética para o aprimoramento dos profissionais em todos os campos de atuação em que estejam inseridos, inclusive, alinhadas à conduta cidadã, um dos principais valores defendidos pelo Conselho” ressalta Mossero.
Regionalização
Outra comissão criada foi a de Representantes Regionais da Medicina Veterinária e da Zootecnia do Estado de São Paulo, que desponta como um caminho de proximidade que, segundo o presidente do Conselho, precisa estar cada vez “pavimentado” para que as “necessidades locais sejam detectadas e acolhidas com a rapidez que as demandas exigem”.
“Teremos representatividade atuante nas diferentes regiões, e vamos, desta forma, discutir os problemas e as possíveis soluções. Buscaremos total integração com as entidades de classe no nosso estado e o fortalecimento das classes também politicamente, conclamando todos a exerceram a cidadania ativa”, afirma Mossero.
Importância e complexidade
Com já 21 comissões técnicas em atividade, o CRMV-SP ainda não possuía uma voltada a um importante setor econômico, o agronegócio. A Comissão Estadual do Agronegócio deve ser presidida pelo secretário-geral, Fernando Gomes Buchala, médico-veterinário que já esteve à frente da Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
“A comissão surge em um momento de extrema necessidade de mantermos abertos canais que nos permitam mapear, analisar e difundir as informações relativas à cadeia produtiva. A cada dia é mais nítida a importância da Medicina Veterinária e Zootecnia. E o CRMV-SP está preparado para caminhar ao lado dos profissionais e da sociedade como um farol indicando um novo mundo de possibilidades”, ressalta Buchala.
O secretário-geral segue apontando que são inúmeros os motivos pelos quais a Diretoria do Conselho considera essencial reunir profissionais das mais variadas áreas do setor, entre eles, o fato de que o “Brasil, já considerado um destaque há anos no cenário mundial, é apontado por especialistas como agente fundamental diante das necessidades globais que surgem com a escassez de alimentos e demandas ligadas ao meio ambiente”.