Pode parecer estranho para aqueles que nunca ouviram falar sobre o assunto, mas a quimioterapia é o tratamento mais indicado para o câncer também em animais de estimação.
Os pets, como são chamados, podem sofrer com a doença assim como os humanos e algumas raças são mais acometidas do que as outras. Geralmente, o câncer aparece em animais mais velhos.
O câncer é a proliferação desordenada de células de qualquer tecido do organismo. Esse crescimento desordenado causa danos ao funcionamento dos órgãos comprometidos e, com o avanço da doença, a morte do indivíduo.
O grande problema da doença é que da mesma forma que ela pode aparecer somente em um órgão, pode também ocorrer metástase, ou seja, uma célula do tecido ou órgão doente vai se instalar e multiplicar em outros órgãos através da corrente sanguínea.
A quimioterapia, nesse caso, é o uso de uma droga ou químico para tratar o câncer. O objetivo da quimioterapia veterinária é aumentar a expectativa de vida e melhorar a qualidade de vida dos animais com câncer.
No caso dos pets, o tratamento pode ser administrado por via oral ou por injeções. A via escolhida (endovenosa, subcutânea ou oral) depende do tipo de droga e do tipo de câncer, da mesma forma que o ocorre com o tempo que o animal vai receber a quimioterapia, podendo ser diário, semanal ou mensal.
Para quem optar em medicar seu cão por via oral, é preciso tomar alguns cuidados pois a maioria dos quimioterápicos são muito potentes. Alguns são carcinogênicos e podem causar câncer com exposição prolongada.
Além disso, é necessário deixar os comprimidos ou cápsulas fora do alcance de crianças em recipientes adequados. Quando for manusear essas drogas, deve-se usar luvas.
A urina e as fezes do animal podem ser contaminadas com os componentes ativos da droga por vários dias após a administração, portanto, evite o contato direto usando luvas para limpar os dejetos e lave bem as superfícies.
Quem estiver pensando em iniciar um tratamento com o seu pet acometido pela doença, fique atento! Os efeitos colaterais do tratamento também ocorrem com os animais, pois as células normais do corpo também são expostas aos quimioterápicos.
Entre os efeitos colaterais estão infecções, sangramentos, diminuição do apetite, vômitos, diarréia, pelame mais fino ou alterações da cor dos pelos e esterilidade.
O efeito adverso mais severo é infecções agressivas levando à morte. O efeito colateral mais frequentemente descrito pelos donos é que os animais parecem “desligados” por um ou dois dias.
Isso significa que o animal fica menos ativo e excitado que o normal para comer, mas raramente o animal pode pular suas refeições e ter um episódio de vômito ou diarréia, sangue na urina ou ficar letárgico.
Infelizmente não há como prever durante o tratamento qual animal vai ter reações mais severas. Recebendo a quimioterapia, seu per precisa ser observado de perto e ser levado ao veterinário aos primeiros sinais de doença ou alterações comportamentais.
Fonte: Ribeirão Preto Online (acessado em 11/11/09)