Raiva humana já deixou pelo menos 12 mortos no PA

Mortes de animais com a doença também põem o estado de São Paulo em alerta
Texto: Estadão Conteúdo (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Adobe Stock

Pelo menos 12 pessoas morreram vítimas de raiva humana, desde o início do ano, na comunidade de Melgaço, no arquipélago de Marajó, no Pará, município com o menor IDH do Brasil. Até agora, foram 14 casos notificados e sete confirmados, laboratorialmente, pelo Instituto Evandro Chagas e pelo Instituto Pasteur

Técnicos da Secretaria de Saúde do Pará permanecem na região até julho, fazendo um trabalho de investigação e prevenção. Há cerca de 30 dias, nenhum novo caso ou suspeita foi registrado e a Secretaria considera a situação sob controle.

Especialistas em saúde afirmam que as precárias condições sanitárias da comunidade estariam contribuindo para o surto de raiva no município, onde as pessoas são pobres e não teriam dinheiro para colocar telas nas janelas, evitando a entrada dos morcegos. A maioria dos habitantes vive em palafitas, com esgoto a céu aberto.

O Ministério da Saúde informou que o Brasil se encontra próximo da eliminação da doença. Em 2017, foram registrados seis casos de raiva humana, sendo um em Pernambuco, um em Tocantins, uma na Bahia e três no Amazonas, todos causados pela variante do vírus que circula entre morcegos.

Segundo o Ministério da Saúde, para este ano, estão previstas 29,5 milhões de doses, que já estão sendo distribuídas nos estados

 São Paulo em alerta

De janeiro até esta segunda-feira (18/06), o estado de São Paulo registrou 101 casos de raiva em bovinos, equinos e suínos, além de dois casos em animais domésticos. O aumento foi de 53% ante o mesmo período de 2017, quando houve 66 casos. Os dados são da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Em Angatuba, na região de Itapetininga, a Defesa Agropecuária confirmou, na sexta-feira, o vírus em um cavalo, que morreu com sintomas de raiva. Na propriedade, foi encontrada uma colônia de morcegos hematófagos, que se alimentam do sangue dos animais, possíveis transmissores da doença. Este ano, em Monte Mor, região de Campinas, oito animais morreram e, em Jundiaí, cinco mortes foram confirmadas.

Tendência de crescimento já havia sido observada, em 2017, quando houve 196 casos em bovinos, equinos e ovinos, ante 105, em 2016

 

A doença, de alta letalidade, pode ser transmitida para o homem, principalmente, pela saliva do animal doente.

Inspeções

Este ano, foram feitas 1,6 mil inspeções em abrigos, com 2,9 mil morcegos hematófagos

capturados. “Sempre que há suspeita ou diagnóstico positivo para raiva animal, uma equipe de controle é mobilizada para realizar fiscalização no entorno do foco”, explica Paulo Antonio Fadil, médico-veterinário responsável pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros.

Domésticos

O controle da raiva em animais domésticos, como cães e gatos, é feito pela Secretaria da Saúde por causa da maior proximidade desses animais com o homem. Em maio, foi confirmado um caso em um cão, em Santa Fé do Sul, no noroeste paulista. O animal morreu e a vacinação de cães e gatos, prevista para outubro, foi antecipada para o início de junho.

Em Piracicaba, um gato morreu com a doença no bairro Ibitiruna e foram vacinados gatos em um raio de cinco quilômetros. A Vigilância Epidemiológica aplicou soro e vacina nas pessoas que tiveram contato com o animal. Em Americana, foi confirmada a raiva em um morcego encontrado morto no bairro Antonio Zanaga. Cães e gatos da região estão sendo vacinados.

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