Enquanto o Bosque e Zoológico Fábio Barreto e a prefeitura de Ribeirão Preto (SP) vivem uma verdadeira novela para decidir o futuro da elefanta Maison, o Zoológico de Sorocaba, a 300 quilômetros do município, dá exemplo de como deve ser a área para abrigar os animais.
Considerado modelo no interior do Estado de São Paulo pelo Ibama, o zoológico sorocabano abriga um casal de elefantes indianos. Aisa e Sandro têm respectivamente 60 e 45 anos.
Exóticos, os animais estão entre os mais procurados pelos visitantes. O veterinário do zoológico, Adauto Luis Veloso Nunes, conta que Sandro chegou primeiro, em 1982. Assim como acontece com a “quase ribeirão-pretana” Maison, Sandro trabalhava para um circo antes de ir para lá.
Aisa chegou depois. Ela pertence ao circo Beto Carteiro, mas está no recinto desde 1995. Funcionários do Zoológico informaram que, apesar de estarem juntos há 13 anos, o casal de elefantes nunca cruzou. Mas os dois convivem bem.
Aisa é considerada dócil e deixa os veterinários entrarem no recinto para fazer curativos e examiná-la. Sandro, porém, é mais arisco e só o tratador consegue se aproximar dele.
A “casa” dos gigantes
A área total em que os elefantes ocupam em Sorocaba é de 2,1 mil metros quadrados, em piso de terra e areia. O recinto também possui um fosso seco, com paredes de concreto em forma de U de dois metros de largura, que cerca todo o perímetro, além de uma cerca elétrica, cochos de água e comida também em concreto e um tanque de banho com capacidade de 30 mil litros de água. A estrutura é semelhante à exigida pelo Ibama para que Ribeirão Preto receba Maison.
À noite, os elefantes vão para abrigos cobertos. Ao todo, a área possui três, cada um com 45 metros quadrados. Os locais dispõem de piso de concreto, paredes e vigas de concreto e portas com trilhos reforçados.
Como o recinto existe há muitos anos, a prefeitura de Sorocaba não soube informar qual foi o valor investido na infraestrutura. Também não há o valor gasto com a manutenção dos animais.
Fonte: Jornal A Cidade (acessado em 07/11/2011)