A região de Araçatuba, no interior de São Paulo, foi a que mais teve casos de leishmaniose em humanos em todo o Estado no ano passado. Doze cidades apresentaram registros da doença. Birigui tem quatorze por cento dos casos.
Todos os dias, cerca de 20 cães contaminados com leishmaniose chegam ao canil do Centro de Controle de Zoonoses de Araçatuba. Alguns são entregues pelos donos, mas a maioria é capturada pelas ruas da cidade. Quando o diagnóstico é confirmado, os animais são sacrificados. A medida é determinada pelo Ministério da Saúde para evitar que o cão continue transmitindo a doença para outros animais e para os seres humanos.
Apesar do grande número de animais sacrificados, a leishmaniose continua sendo um problema de saúde pública no Estado. No ano passado foram registrados 153 casos da doença em seres humanos, 43 só na região de Araçatuba, o que representa quase 30% de todos os casos registrados em São Paulo.
Bilac, Guaraçaí, Guararapes, Ilha Solteira, Rubiácea e Sud Mennucci registraram um caso cada de leishmaniose em humanos. Mirandópolis e Pereira Barreto tiveram dois, Andradina três e, Araçatuba e Penápolis registraram quatro casos.
A situação é mais crítica em Birigui, onde foram constatados 23 casos de leishmaniose em humanos e quatro mortes. Esses números fizeram a Secretaria Municipal de Saúde tomar medidas de urgência.
A preocupação com a limpeza tem um motivo. A leishmaniose é transmitida para os seres humanos por meio da picada do mosquito palha, que se reproduz em folhas, fezes de animais e outros materiais orgânicos em decomposição. Por isso, o combate precisa ser feito em duas frentes: limpeza dos quintais e controle do número de animais contaminados.
Fonte: G1 (acessado em 27/01/2012)