RS tem o maior número de mortes por gripe

Secretaria cria comitê para acompanhar
casos; Osasco registra 2.º óbito no município e pede ajuda ao Exército

O Rio Grande do Sul
confirmou ontem que mais cinco pessoas morreram infectadas com o vírus da
gripe suína no Estado. As mortes ocorreram nos dias 8, 10, 11, 15 e 16 deste
mês, sendo duas em Passo
Fundo
, duas em Santa Maria e uma em Uruguaiana. Com
elas, o Estado soma sete mortes de pessoas que tiveram a gripe. Das cinco,
uma teve relação com viagem e as demais ainda estão sendo investigadas para
apurar a origem.
Pelo volume de casos estimados e sua distribuição regional, o secretário da
Saúde, Osmar Terra, considera que provavelmente há circulação sustentada do
vírus no Estado. Ele também informou que o RS criou um comitê gestor para
acompanhar a gripe suína e espera começar, a partir da próxima semana, a
realizar testes de laboratório de pacientes suspeitos que estiverem
internados. O exame que será feito é o de imunofluorescência,
capaz de diferenciar influenza de outros vírus, mas não detecta o tipo de
gripe. A medida facilitará o tratamento dos pacientes. O Rio Grande do Sul
tem 138 casos confirmados de gripe suína, mas o secretário avaliou que esse
número não representa mais a realidade. Ele estimou que o Estado deva ter cerca de mil pessoas atingidas pela doença.
As cinco mortes confirmadas ontem foram de adultos jovens. Terra disse que
esse padrão de propagação de doenças, para as quais a população não tem
anticorpos, foi verificado em outras epidemias. Os adultos jovens são
atingidos primeiro porque circulam mais; na sequência,
são mais afetados idosos e crianças.
Em Passo Fundo,
morreram um comerciante de 42 anos e um garçom de 30. Ambos eram hipertensos.
Em Santa Maria,
as duas mortes foram de um operador de manutenção, de 36 anos, que tinha
diabete e hipertensão, e um segurança de 26, que não tinha doença. Em
Uruguaiana, a vítima foi um caminhoneiro de 35 anos, obeso. Terra avaliou que
as novas ocorrências não significam que houve aumento na letalidade da
doença. Ele observou que o mês de julho é tradicionalmente o de maior
mortalidade de doenças respiratórias no Estado e uma quantidade importante
delas está relacionada com a influenza, em seus vários tipos. No ano passado,
o Estado teve cerca de 2,5 mil mortes por pneumonia.
As doenças respiratórias são a terceira causa de morte no RS.

Osasco e Rio
Segunda pessoa a morrer em Osasco (SP) com a gripe suína, no dia 11, o
estudante de 21 anos foi duas vezes ao hospital, com sintomas de gripe forte,
antes de ser internado. Ele foi liberado e chegou a frequentar aulas em um cursinho na capital paulista. A
informação foi repassada à Secretaria de Estado da Saúde, segundo autoridades
de Osasco para que seja feito o monitoramento das pessoas que tiveram contato
com o jovem.
Segundo a infectologista Carmeci Almeida, da
Vigilância Sanitária de Osasco, ele não foi medicado com as drogas indicadas
para o tratamento da gripe suína porque à época não se enquadrava no perfil
dos que deveriam receber o tratamento – ter vínculo com paciente que contraiu
a doença no exterior. “Mesmo que tivesse tomado (o antiviral), não temos
como saber a evolução dele”, disse a infectologista Marília de Deus Dias
Vieira, da Secretaria da Saúde de Osasco.
O estudante morava em um bairro diferente ao da primeira vítima da cidade,
uma garota de 11 anos, que morreu no dia 30. Há 18 casos confirmados na
cidade. Por causa do aumento de registros, o prefeito Emídio
de Souza (PT) chamou o Exército para montar tendas de orientação em hospitais
e prontos-socorros, decidiu telefonar para os 150 mil domicílios da cidade e
cancelou cirurgias que podem esperar para deixar mais leitos disponíveis.
Duas pessoas estão internadas na cidade em decorrência da gripe.
No Rio, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou a primeira morte por gripe
suína. A vítima, uma mulher de 37 anos, morreu na terça-feira em um hospital
particular, após sete dias de internação. A paciente não viajou nem teve
contato com ninguém que tenha estado em países com alta incidência da doença,
informou o secretário de Saúde, Hans Dohmann.Ela começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 2.

Fonte: Estado de S. Paulo, 17/07/2009

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