Evite buzinar ou acender o farol alto, dizem autoridades.
É importante ficar atento às vias que têm canteiros centrais.
O susto pelo qual passou o motorista Thiago Mansano, de 24 anos, ao atropelar um cavalo na madrugada desta segunda-feira (24) na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, pode ser evitado com a prática da direção defensiva e pelo uso do cinto de segurança. No acidente, o cavalo morreu e Thiago quebrou três dentes.
Confira abaixo as dicas da Autoban, Centro de Formação de Condutores Volante e Polícia Rodoviária Federal:
O primeiro passo para evitar o atropelamento de um animal que atravesse a pista é tentar reduzir a velocidade. No entanto, observe antes pelo retrovisor se o carro que vem atrás está a uma distância segura.
Para evitar que o animal se assuste, tente ultrapassá-lo por trás, diminuindo assim a velocidade de reação. Evite buzinar ou acender o farol alto para não correr o risco de o animal ir contra a direção do carro.
Durante a ultrapassagem, feche os vidros, passe lentamente pelo animal em marcha reduzida. Depois, alerte os outros carros piscando os faróis e avise o posto policial mais próximo.
Quando o acidente envolvendo um animal de grande porte como um cavalo ou uma vaca não pode ser evitado, a dica é evitar pegá-lo de frente para que ele não voe em direção ao capô. No entanto, quando a via tem mão dupla ou o motorista trafega na pista do meio, deve tomar cuidado para não colidir com outro veículo.
Freie assim que ver o animal e solte o pedal do freio no ato da colisão – caso ela seja inevitável – para que o peso se concentre na parte dianteira do carro, evitando assim que o carro fique desgovernado.
É importante também ficar atento às vias que têm canteiros centrais, como estradas e marginais. Redobre a atenção quando há placas indicando a existência de animais silvestres na região.
Além disso, em qualquer situação, o motorista deve sempre manter uma distância segura do veículo da frente, respeitar os limites de velocidade da via e fazer revisão periódica do veículo, com atenção redobrada às condições de faróis e freios. E sempre use o cinto de segurança.
Animais procuram se aquecer no asfalto
De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, André Luiz Azevedo, as estatísticas apontam para um aumento de acidentes de carro envolvendo animais nessa época do ano.
“O animal busca o asfalto, que é mais quente do que a mata, e muitas vezes deita no asfalto. Como a maioria das estradas não têm iluminação, cria-se um cenário de perigo. O motorista tem que redobrar a atenção”, alerta ele.
Estatísticas
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), só nos primeiros quatro meses deste ano foram 30 acidentes semelhantes em rodovias do estado do Rio e 195 animais apreendidos na pista. Na Avenida Brasil, segundo a Polícia Militar, foram registrados outros três acidentes este ano.
Nas estradas federais do Rio, avisa Azevedo, há maior incidência em alguns lugares do interior do estado (70%). De acordo com as estatísticas da PRF, em 2008, a BR-040, que liga o Rio à Região Serrana, conhecida como Rodovia Washigton Luís, foi a recordista de apreensões de animais, com 23 ocorrências.
Punição
Os proprietários dos animais podem ser punidos. Nas vias administradas pelo estado ou município, segundo a Polícia Militar, o caso é registrado na delegacia e uma investigação é aberta para que o proprietário responda por abandono de animal.
Já nas áreas sob responsabilidade da PRF, quando apreendido, o animal recebe uma marca e os proprietários pagam multa. Se o mesmo dono tem um animal apreendido mais de um vez, ele perde o animal.
Fonte: G1, acesso em 26/08/2009