Saiba como prevenir e tratar as doenças que podem afetar os animais

Animais de companhia, assim como os seres humanos, também precisam de cuidados especiais quando o assunto é saúde. “A partir da meia-idade, aproximadamente aos oito anos, cães e gatos estão mais propensos a ter doenças graves. Já os mais jovens costumam sofrer com as viroses”, explica a veterinária Ana Paula Madeira, da clínica geral do Hospital Veterinário Pompéia (SP). Veja abaixo as principais doenças que afetam esses animais e como tratá-las.

Doenças articulares

São doenças como a artrose e artrite, mais comuns em cães e gatos a partir dos oito anos por conta do envelhecimento natural articular. Os sintomas são moderados no início e estão relacionados à diminuição da atividade física e relutância em passear e brincar.

Com o tempo, o animal pode até se recusar a levantar ou andar por causa das dores. Geralmente, essas doenças são tratadas com analgésicos, acupuntura e repouso.

Cardiopatias degenerativas

Afetam o coração e, assim como as doenças articulares, ocorrem, principalmente, em cães e gatos mais idosos. Os sintomas podem ser percebidos, pois os animais costumam ficar mais cansados, ter dificuldades respiratórias e perder peso. O tratamento é feito apenas para proporcionar qualidade de vida ao animal e controlar a doença, pois não há cura.

Doenças metabólicas

A mais comum é a insuficiência renal, que costuma atingir os cães e gatos a partir da meia-idade. A doença pode ocorrer devido ao envelhecimento natural dos rins e é progressiva e irreversível. Entre os sintomas, estão o aumento do consumo de água e da produção de urina. É uma doença grave e comum, mas pode ser cuidada com medicamentos e dieta adequada.

Câncer

De acordo com Ana Paula, o número de cães e gatos com câncer tem aumentado bastante. O tratamento para essa doença ainda é atrasado em relação à tecnologia humana, porém a veterinária afirma que os avanços têm sido consideráveis e já é possível curar os animais, inclusive com quimioterapia.

Viroses

São as doenças que mais matam filhotes de cães e gatos. Podem ser transmitidas pelo ar e pelo contato com animais afetados. “Normalmente, são animais que vêm de canis e feirinhas e que não foram vacinados corretamente. As viroses são mais comuns em regiões onde o saneamento é precário”, explica Ana Paula. Como tratamento, os animais costumam ser incubados por alguns dias para reagirem ao vírus.

O veterinário e diretor da Associação dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (SP), Wilson Grassi, recomenda que o dono fique atento aos menores sinais de alteração comportamental do seu animal. “Comer menos do que de costume, vômitos, diarreia, dificuldades de locomoção e prostração são alguns sinais de que algo está errado”, alerta.

Para evitar a descoberta de doenças em fase avançada, o ideal é levar o animal de estimação ao veterinário para consultas de rotina, pelo menos uma vez por ano, e fazer todos os exames preventivos necessários. “Quanto antes um problema de saúde é identificado, melhor ele pode ser tratado. Só o veterinário pode avaliar a gravidade e aplicar o tratamento adequado”, explica Grassi.

Além disso, ele recomenda que todas as vacinas sejam mantidas em dia, e não apenas a antirrábica (contra a raiva). “Durante a consulta, o veterinário deve falar das vacinas mais importantes, conforme a espécie e a idade do seu animal”, completa.

O veterinário Wilson Grassi dá algumas dicas simples de como deixar seu cão ou gato mais saudável:

*Separe um cantinho para ele dormir, protegido do frio e do calor excessivo;
*Mantenha a vacinação em dia;
* Vermifugue o animal a cada seis meses;
*Alimente-o na medida certa, com ração de qualidade, e deixe sempre água fresca à vontade.

É preciso cuidar do animal, acima de tudo, com muito carinho “Eles precisam viver de forma confortável, em um ambiente onde tenham espaço para se locomover e para brincar. Ao contrário do que alguns imaginam, principalmente em relação aos gatos, eles precisam de companhia e de atenção e não podem ficar confinados. Os tutores devem oferecer lazer aos seus cães e gatos e é importante que eles possam ter contato com outros animais, se socializem e se divirtam dentro ou fora de casa”, completa o veterinário.

Fonte: Itodas (acessado em 05/10/10)

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