Presentear com um animal de estimação tem se tornado cada vez mais comum, principalmente em virtude das inúmeras revendas de filhotes existentes no mercado. Mas é preciso tomar muito cuidado antes de oferecer um cão, gato ou pássaro para qualquer pessoa.
O “presente” significa muito mais do que um simples souvenir ou uma peça de roupa a mais no guarda-roupa. Um animal de estimação pode sim ser um bom presente, já que no caso das crianças, pode ser bastante educativo, e, para os mais crescidos, uma possibilidade de uma nova relação, importante na superação de traumas.
A médica veterinária Keila Regina de Godoy dá algumas dicas para quem pensa em presentear uma pessoa querida com um animal. “É preciso ter certeza se o presenteado deseja realmente ter um animal de estimação e tenha condições de cuidar”, lembra ela. Veja outras dicas.
1) Verificar o perfil do dono – se é adulto, criança ou idoso, quais os hábitos de vida e nível de atividade. Deve haver sintonia entre o pet e seu proprietário, ou seja, eles devem ter o mesmo “pique”. Temperamentos parecidos permitem que animal e dono se tornem companheiros. Crianças cheias de energia e curiosidade, por exemplo, tendem a ter afinidade com raças com o mesmo perfil, como beagle, shih tzu, boxer, labrador.
2) Porte do animal – animais grandes precisam de espaços maiores. Crianças pequenas e idosos podem não se adaptar com animais de maior porte se não houver adestramento, pois há maior risco de incidentes. Além disso, o adestramento ajuda a manter um relacionamento saudável. É importante também educar as crianças para lidar com o animal e evitar comportamentos inadequados, como brincadeiras agressivas.
3) Hábitos – não é uma boa medida presentear com um cão uma pessoa que passa todo o tempo fora de casa. Nesse caso, é possível cogitar outra espécie de animal, como o gato, que tem hábitos sanitários práticos, é silencioso, independente e noturno. Ele tende a despertar para brincadeiras após as 18h, horário mais compatível com quem trabalha fora o dia todo.
4) Aquisição – decidido qual será o pet e a raça, é hora de tomar cuidados na aquisição. É importante sempre ter certeza da procedência dos animais, olhar as acomodações onde estão os animais, assim como a conservação e higiene desses locais. No caso de interesse por animais de raça, para evitar “comprar gato por lebre”, é válido pedir para conhecer os pais do filhote.
5) Saúde – para ter certeza de que o pet está em boas condições de saúde, verifique se não há secreção nasal, ocular, espirros e tosses. Perceba se o filhote não demonstra medo ou timidez excessiva. Informe-se ainda se o filhote foi vacinado e vermifugado. É uma questão de saúde para o animal e também para o dono, especialmente no caso de crianças. Oriente o proprietário de que a primeira providência deve ser levar o pet em um veterinário de confiança, que será o “pediatra” dele na infância, garantindo cuidados adequados para uma vida saudável.
Fonte: A Tribuna Piracicabana (acessado em 29/04/11)
Nota do CRMV-SP: É importante lembrar também que todo local que comercializa animais deve ter registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária. Isso significa que o local possui um médico veterinário responsável técnico, profissional que garante o bem-estar dos animais, as boas condições sanitárias e o correto descarte de material orgânico, evitando a contaminação do meio ambiente. A presença do médico veterinário também é garantia de que a pessoa vai adquirir um animal saudável. Para consultar os estabelecimentos que possuem registro no CRMV-SP, clique aqui