‘Saidinhas’ do pet devem ser evitadas

Muitos donos de pets preferem criar seus gatos e cães soltos, dando acesso livre às ruas e praças próximas à casa. Mas os hábitos dos chamados animais semidomiciliados podem ser perigosos para eles e para os donos, já que os pets ficam expostos a doenças e traumas, e podem trazer zoonoses à residência.

Uma saída para uma noitada no telhado dos vizinhos, por exemplo, expõe seu gato a disfunções graves, como a aids felina, e a acidentes e maus-tratos por agressões de estranhos, como atropelamento, envenenamento, espancamento e queda.

Para o veterinário e diretor do Hospital Veterinário Escola da Universidade de Guarulhos (UnG), Luis Artur Giuffrida, esse modelo de manutenção de animais é totalmente contraindicado. “Entre os inúmeros riscos, destacam-se a possibilidade de contrair doenças infecto-contagiosas pelo contato com outros animais, como raiva, leucemia felina, imunodeficiência e rinitraqueíte”, explica.

O especialista lembra que esses hábitos representam a maioria das causas da procura por atendimento veterinário em áreas urbanas.

Cães também correm risco

Mesmo mais acostumados aos passeios, os cães também não estão livres dos riscos. Quando estão vacinados e com o controle de pulgas, vermes e carrapatos em dia, a chance de contágio de doenças cai substancialmente, mas isso não os livra do risco de acidentes, como atropelamento ou a ingestão de água e alimentos contaminados.

Com o controle da coleira, mas sem o controle de vacinas em dia, raiva, cinomose, parvovirose, leptospirose, tumor venéreo viral e hepatite viral são apenas alguns dos males que o cão pode contrair, sem falar em pulgas e carrapatos. É pela picada desses insetos que doenças infecciosas conhecidas como erlichiose e babesiose causam distúrbios graves aos sistemas imunológico e sanguíneo.

A exposição ao calor também é um fator preocupante. Segundo o clínico geral veterinário do Hospital Veterinário Sena Madureira, Fabio Navarro, é preciso estar atento a temperaturas altas, principalmente no verão. “O cão pode ter hipertermia grave, principalmente animais das raças boxer, pug, buldogue e dogues, que têm dificuldade de perda de calor”, alerta.

Visitas regulares ao veterinário, recomendadas no mínimo anualmente, são suficientes para manter o animal em dia com a vacinação e manter longe a maioria desses males.

Atenção com as doenças

* Imunodeficiência viral felina (aids felina) – causada por um vírus com as mesmas características do HIV, só atinge felinos. Pode ser contraída em briga com ferimentos. A queda da imunidade é um dos problemas; o animal fica suscetível a disfunções. Falta de apetite e diarreia são sintomas.

* Rinotraqueíte – afeta o aparelho respiratório e pode ser grave em filhotes. Secreção nasal, espirros e conjuntivite são sintomas. O meio de contágio mais comum é o contato com a secreção de outro animal.

* Cinomose – o vírus que a desencadeia é transmitido pelo ar. Com perigo de morte, atinge o sistema nervoso dos cães. Vômito, diarreia, febre e dificuldade respiratória são os sintomas. Há vacina contra a doença.

* Parvovirose – doença infectocontagiosa que apresenta mortalidade em 80% dos casos e atinge principalmente em filhotes. O vírus ataca o intestino dos cães, provocando vômitos e principalmente diarreia, que pode apresentar sangue.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru (acessado em 14/03/11)

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