A cidade de Marília registrou o primeiro caso autóctone, ou seja, contraído na cidade, de Leishmaniose Visceral Americana, a forma mais severa da doença. A vítima é uma criança de 6 anos.
O garoto ficou cinco dias internado e teve alta ontem. A doença foi diagnosticada por meio de exame realizado pelo Hospital de Clínicas e confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz. Com a confirmação, a Secretaria da Saúde iniciou um trabalho de varredura nas casas.
Agentes de saúde trabalham na busca ativa de pessoas com sintomas compatíveis, além de animais suspeitos de portar a doença. Um inquérito canino deverá encaminhar amostras de sangue de cem cães da região, que são os principais reservatórios na área urbana.
Além disso, o Coordenador da Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses, Lupercio Lopes Garrido Neto, afirma que uma série de ações deverá ser promovida em relação à população humana, aos cães e ao meio ambiente.
Para isso, nesta semana, foi realizada uma reunião entre os setores envolvidos, visando a implementação de detalhes operacionais para prevenção e controle da doença. O mosquito-palha, transmissor da doença, se reproduz em material orgânico em decomposição.
“A população deve ser estimulada a manter os espaços urbanos limpos (como quintais e terrenos), acondicionar o lixo de maneira adequada, evitar fazer descartes em terrenos vagos e promover qualquer acúmulo de matéria orgânica, como formas de dificultar a proliferação do inseto”, afirma Garrido.
A presença do vetor foi confirmada pela primeira vez em Marília em meados de 2010 na zona leste da cidade, e no distrito de Padre Nóbrega, no início de 2011.
Fonte: Diário de Marília (acessado em 11/10/2011)