Por conta do excesso de chuva, as secretarias de Saúde da Região do Pólo Têxtil (RPT) recomendam aos moradores atenção redobrada em áreas atingidas pelas enchentes e alagamentos. O alerta é uma tentativa de impedir o contágio de doenças, principalmente a leptospirose, causada pela bactéria Leptospira, presente na urina do rato e de outros animais, e transmitida ao homem pelo contato com a pele.
Em Santa Bárbara d’Oeste, a segunda cidade da região mais atingida pelas chuvas, a Secretaria de Saúde intensificou as ações nas 12 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em áreas afetadas pelas enchentes. Desde segunda-feira, equipes das vigilâncias Sanitária e Epidemiológica orientam os moradores e fornecem materiais de limpeza e higiene pessoal.
Segundo o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Aparecido Donisete Paulino, em situações de enchentes e inundações, o contato com a enxurrada e a lama pode deixar a população mais vulnerável a esse tipo de doença. “Até o momento, não recebemos nenhuma notificação de casos de leptospirose em nossas unidades. No entanto, estamos em alerta, distribuindo materiais de orientação e hipoclorito de sódio em caso de contaminação de local de armazenamento de água, como a caixa d’água”, afirma.
Se não for tratada na primeira semana de contaminação, a leptospirose pode levar à morte. Em época de chuvas, a urina de roedores, que geralmente vivem em bueiros e esgoto, se mistura à água dos córregos, que ao transbordarem causam enchentes e inundações.
Os sintomas da doença são semelhantes aos da gripe e da dengue: febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente na panturrilha. Os pacientes também costumam apresentar vômitos, diarréia e tosse.
A Vigilância em Saúde de Sumaré recomenda a limpeza das casas invadidas pela água, o uso de botas e luvas ou até sacos plásticos para proteger pés e mãos. Os moradores também não devem utilizar os alimentos ou medicamentos atingidos pelas enchentes. Já as roupas que foram molhadas não precisam ser inutilizadas, basta serem bem levadas com água e sabão.
Fonte: O Liberal (acessado em 06/01/11)