Os animais de estimação são os xodós de seus donos. Alguns, a maioria cachorros e gatos, são até considerados membros da família. E, como parte da família, também geram custos. È necessário alimento, higiene, cômodos adequados e, se for do gosto do proprietário, acessórios para deixá-los ainda mais cuidados. Tudo isso é sinônimo de despesa e impulsiona um nicho comercial em ascensão no Brasil.
Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet) mostram que, em 2009, esse mercado movimentou no Brasil R$ 9,6 bilhões, entre alimentos, medicamentos, serviços, equipamentos e acessórios. Esse número leva em consideração um universo de 78 milhões de pequenos bichos (gatos, cães, peixes e pássaros, entre outros). A expectativa da Anfalpet é de um crescimento entre 3% e 4% em 2010.
O Pioneiro conferiu três lojas e veterinárias e constatou que muitas pessoas não veem dificuldade em comprar uma cama de cachorro por R$ 200 ou uma capinha com capuz de R$ 72. Muito menos investir R$ 32 num quilo de ração importada ou cerca de R$ 25 por uma diária num hotel quando precisarem se ausentar de casa por causa de algum compromisso. Isso sem contar os R$ 54 referentes a um sapatinho com solado antiderrapante.
A higiene também é imprescindível. Os valores dos banhos dependem da raça do cachorro e variam, em média, de R$ 15 a R$ 50. Já a tosa fica entre R$ 30 e R$ 50, conforme o tipo (à máquina ou à tesoura).
A cabeleireira Ediana Maria Wagner Sost, 34 anos, gasta, mensalmente, R$ 200 com banhos, alimento e vacinas para seus dois cachorros, o Beethoven, da raça poodle, e a Laica, uma lhasa apso. Esse custo, para ela, é um investimento sem peso na consciência porque os cães só oferecem alegria.
“Eles são nossos amores e parceiros. Quando falei para meu marido sobre termos mais um filho, pois tenho só uma filha, a Stefani, de 15 anos, acabei adquirindo o Beethoven. Depois, veio a Laica. Os dois convivem permanentemente conosco, inclusive dormem no nosso quarto. O gasto com eles compensa”, afirma a cabelereira.
Fonte: O Pioneiro (acessado em 08/09/10)