As
empresas brasileiras estão apreensivas com os efeitos da crise financeira
mundial. O setor mais preocupado com o futuro da economia é o agropecuário,
seguido pela indústria.
O segmento de comércio e serviços se mostra mais confiante em relação aos
desdobramentos da crise. As avaliações constam da pesquisa realizada pelo
Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) com 115 entidades representativas e que
correspondem a 80,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
A pesquisa chamada Sensor Econômico será divulgada mensalmente. O Sensor é
formado por uma escala de +
a
com "apreensão": a média ficou em 6,78 pontos. As avaliações são
classificadas em "otimismo" (de +
"confiança" (de +
a
"adverso" (de
a
Segundo o indicador do Ipea,
o setor de comércio e serviços e da indústria acredita em um crescimento do
PIB em 2009 entre 1,6% e 4% em 2009. Já o setor agropecuário demonstra
pessimismo: o Brasil não crescerá mais que 1,5%. O Sensor Econômico é
realizado em todo território nacional.
O Ipea enviou um
questionário com 24 questões objetivas na segunda semana do mês de janeiro
para as empresas com atividades diversas dos setores da atividades, da
agricultura, da indústria, do comércio e serviços, e de trabalhadores. O
estudo questiona as entidades sobre suas perspectivas nas áreas sociais.
Nestes quesitos, os setores também se mostraram apreensivos.
As indústrias vêem uma situação "adversa" em relação à contratação
de empregados (-35,4 pontos). Já os comerciantes se mostram apreensivos
quanto a desigualdade social (-8,8%). As entidades
consideraram que o desempenho das empresas em 2009 deve ser apreensivo
(-11,87 pontos). O único indicativo que aparece com
melhor índice na pesquisa do Ipea
são os parâmetros econômicos: os consultados demonstraram estar confiantes
com o futuro (42,10 pontos).