Setor pet: entre a saturação e o crescimento

Por outro lado, o Bioterismo é uma área em expansão e merece dos médicos-veterinários um olhar mais atento como oportunidade de trabalhar com saúde e bem-estar desses animais
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pixabay

O médico-veterinário Renato Brescia Miracca, membro da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) e consultor parceiro da Comissão de Animais de Companhia (Comac), comenta que no Estado de São Paulo, atualmente, há uma concentração de profissionais na área de clínica de animais de companhia e maior interesse dos alunos nas universidades.

O cenário está intimamente atrelado ao perfil das grandes metrópoles, nas quais, nos últimos anos, os pets ganharam mais espaço nos lares e passaram a ter uma relação mais próxima com os tutores. Isso explica o crescimento do mercado pet mesmo em meio à crise econômica nacional.

O levantamento mais recente do Instituto Pet Brasil mostra que o setor, em 2014, cresceu 8,9%; no ano seguinte, 9,4%; já em 2016, sua expansão foi menor (4,8%), com faturamento de R$ 23 milhões.

A entidade ainda não possui uma projeção para 2017, mas os primeiros números apontam para um aumento de faturamento de aproximadamente 7%. Ou seja, o número deve superar os R$ 25 bilhões. A previsão do instituto é de que, em 2018, o Brasil volte a ocupar a posição de segundo maior faturamento do mundo no setor.

Entraves

Por outro lado, O Instituto Pet Brasil destaca alguns entraves que impedem o pleno desenvolvimento desse mercado. Um deles é a falta de políticas públicas, por exemplo, em relação à tributação e à falta de um marco regulatório para a criação e a comercialização de pets.

Ambos os aspectos interferem na atuação do médico-veterinário que exerce a profissão como responsável técnico (RT) em segmento de criação de animais de companhia ou em estabelecimento comercial.

Diagnóstico

Na opinião do Prof. Dr. Marco Antônio Gioso, médico-veterinário que atua como coaching na área de gestão e empreendedorismo, o Brasil também tem algumas lacunas no que diz respeito à tecnologia para diagnóstico.

“Apesar do cenário positivo, os profissionais não investem em equipamentos já existentes no exterior, que representam um avanço absurdo na clínica de pequenos animais.”

Em expansão

O bioterismo, segundo o Prof. Dr. Fábio Manhoso, também merece o olhar dos profissionais, uma vez que é uma área que sinaliza expansão.

De acordo com a Resolução Normativa Nº 6/2012 do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), apenas o médico-veterinário pode ser responsável técnico de biotérios. Neles, são criados e mantidos os animais utilizados em experimentações com fins científicos e de ensino. O profissional que escolher atuar neste campo irá cuidar da saúde e bem-estar desses animais.

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