Setor prevê prejuízo com proibição de uso de antiparasitário

O setor veterinário deve registrar prejuízo de R$ 500 milhões por causa da proibição, produção, comercialização e utilização das avermectinas de longa ação, estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A estimativa é da Associação Brasileira dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac).

O produto é o mais utilizado para o controle dos parasitas internos e externos, como os carrapatos, e representa, em média, 30% do faturamento das empresas farmacêuticas nacionais que atuam no mercado veterinário. O diretor executivo da Alanac, Henrique Tada, informou por meio de comunicado que a medida do governo foi arbitrária. “São mais de 60 laboratórios prejudicados, entre nacionais e multinacionais”, disse ele.

Segundo a Alanac, a proibição se deu por uma decisão do governo americano, que alterou os critérios de determinação de resíduos, diminuindo drasticamente os limites de aceitação das avermectinas na carne para o consumo humano. “O governo brasileiro, em vez de discutir o uso adequado do produto, optou pela radicalização, proibindo o uso destes eficientes e seguros antiparasitários. Essa medida não tem precedente em nenhum lugar do mundo”, explicou Tada.

O Brasil é o maior exportador de proteína animal mundial em volume. A proibição do produto prejudica a produtividade dos pecuaristas, tendo em vista que parasitas como o carrapato impedem a engorda dos animais no tempo adequado, aumentando os custos da produção. “Deixaremos de ter um preço competitivo no cenário mundial”, salientou Tada.

Entre todos os países que importam carne brasileira, a participação dos Estados Unidos responde por menos de 5% das exportações brasileiras, já que o país é também um grande produtor, e só importa carne industrializada (enlatada).

Com a saída destes antiparasitários de longa ação do mercado, que protegem os animais por aproximadamente 120 dias, a maior parte dos pecuaristas ficará sem proteger o seu rebanho adequadamente. Apesar dos antiparasitários convencionais ainda estarem disponíveis no mercado, ficaria inviável agrupar mensalmente todos os rebanhos para aplicação do produto, já que garante proteção máxima de apenas 28 dias.

A suspensão das avermectinas foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) por meio da Instrução Normativa nº 13, do dia 30 de maio. O governo alega que a suspensão vai valer até que estudos científicos sejam concluídos.

Fonte: Globo Rural.

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