Simulado de ocorrência da febre aftosa é realizado em Pirassununga

Realizado pela CDA, evento contou com a participação de representantes do CRMV-SP
Texto: Comunicação CRMV-SP / Foto: Divulgação CDA

Organizado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (CDA/SAA-SP), em parceria com a Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA-SP) e a Universidade de São Paulo (USP), o “Treinamento Teórico-Prático de Simulado de ocorrência da Febre Aftosa”, realizado em julho, no campus Fernando Costa da USP, em Pirassununga (SP), foi uma oportunidade de mobilizar e preparar diferentes elos da cadeia, como a pesquisa e ensino e as instâncias decisórias do Estado e União diante de uma situação de emergência sanitária. O treinamento ocorreu em julho.

A ação contou com a participação de quatro médicos-veterinários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e 47 da CDA/SAA-SP. Os médicos-veterinários Leonardo Burlini Soares, coordenador técnico, e Cláudio Regis Depes, presidente da Comissão Técnica de Saúde Animal, representaram o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

Os médicos-veterinários envolvidos integram o Grupo Estadual de Atenção à Suspeitas de Enfermidades Emergenciais (Gease), criado a partir da Portaria CDA nº 10/2022, para o atendimento em um possível foco da doença.

“Convém ressaltar que atravessamos um momento em que a vigilância epidemiológica de enfermidades vesiculares deverá substituir a proteção conferida pela vacinação contra a doença (a ser retirada brevemente) e no qual a importância do médico-veterinário em todo esse processo será ainda maior”, enfatiza Depes.

O presidente da Comissão Técnica de Saúde Animal do CRMV-SP destaca que o Decreto Federal nº 5.741/2006, que instituiu e organizou o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), estabeleceu em seu art. 1º que os órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas à sanidade agropecuária devem fazer parte do Suasa.

Vale ressaltar que o último registro de febre aftosa no Estado é de março de 1996. E o simulado é uma das orientações contidas no Plano Estratégico que visa eliminar a obrigatoriedade da vacina contra a doença em São Paulo.

Capacitação para resposta rápida

O objetivo principal do treinamento foi simular a ocorrência de um foco de febre aftosa para avaliar a capacidade de resposta do Serviço Veterinário Estadual (SVE) e capacitar os membros do grupo para o atendimento emergencial no caso de detecção do vírus em território paulista.

O treinamento também tem como finalidades a consolidação do fluxo de atendimento e da documentação gerada entre a notificação da suspeita e o resultado positivo para febre aftosa (Sisbravet); a instalação do centro de operações em emergências zoossanitária (Coezzo) para controle e erradicação do foco; a organização do Gease, identificando os responsáveis pelas diferentes equipes de atuação e identificar os pontos a melhorar no fluxo de ações para controle e erradicação de possíveis focos.

“É sempre muito importante e agora ainda mais oportuno testar, por meio de um simulado teórico-prático, a capacidade de resposta do Serviço Veterinário Oficial frente a uma eventual emergência sanitária de febre aftosa”, afirma Soares.

Para o coordenador técnico do CRMV-SP, é fundamental que todos os procedimentos e fluxos para conter e eliminar um foco de febre aftosa estejam consolidados para colocação em prática da maneira mais rápida, organizada e assertiva possível.

Experiência e interação

Durante o simulado, as equipes formadas tiveram a oportunidade de identificar os pontos mais críticos para, assim, darem a devida atenção no caso de um foco de febre aftosa. “O resultado da atividade foi muito positivo, pois já iniciou toda uma mobilização para o aperfeiçoamento da atuação da Coordenadoria de Defesa Agropecuária”, ressalta Soares.

No espaço nomeado como “Experiência em foco de Febre Aftosa”, o presidente da Comissão Técnica de Saúde Animal do CRMV-SP apresentou as palestras “Experiência em atendimento a suspeitas de Síndromes Vesiculares – Febre Catarral Maligna”, e “Experiência vivida com viagem à região do último foco de Febre Aftosa no Brasil”.

“A participação de representantes do CRMV-SP neste evento trouxe uma maior interação da instituição com o SVE nessa significativa situação sanitária, inclusive iniciando-se tratativas para promoção de eventos em conjunto, visando maior envolvimento, com informações e capacitação de profissionais a respeito”, conclui Depes.

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