Táxi para cachorro vira moda em SP

-bidi-font-style:italic’>Donos usam serviço para levar animais a
veterinário, clínicas e viagens.
Conselho de Veterinária diz que é preciso cuidado ao contratar
serviço.

Há dois anos, a rotina
é a mesma. Pelo menos uma vez por mês, Laila pega um táxi para ir à clínica
para um tratamento estético e, a cada três meses, pega novamente o veículo
para fazer avaliação médica regular. Com isso, os gastos mensais com o
transporte variam de R$ 80 a
R$ 100. Como as duas “irmãs” dela têm a mesma programação, a “mãe” gasta com
o táxi das “filhas” de R$ 240
a
R$ 300
a
cada 30 dias.
O valor pode até ser alto, mas para a profissional autônoma Sandra Regina
Pedecino, de 43 anos, “é um dinheiro bem gasto” uma vez que, com o uso do
táxi, ela passou a ficar mais livre para o trabalho e mantém garantida a
segurança das “meninas”. O que pode parecer cuidado excessivo de uma mãe
zelosa fica bastante compreensível quando Sandra apresenta suas três
“filhas”: Laila, de 9 anos, uma São Bernardo; Ness, de 10 anos, uma labrador;
e Hana, de 11 anos, uma akita.
“Meu pouco tempo me levou ao táxi. Era muito complicado ter que levá-las toda
vez. O táxi é mais cômodo e seguro. Elas vão presas na caixa de transporte. E
a Ana gosta de cachorro. Trata elas muito bem”, conta, referindo-se à taxista
Ana Maria Giodevi que presta o serviço às cadelas dela desde 2007.
As “filhas” de Sandra – que garantem à taxista corridas rotineiras pela
Mooca, na Zona Leste de São Paulo – são, para Ana, o exemplo de um público
crescente na capital paulista que vem estimulando o surgimento de serviços de
transporte. “De um ano para cá, aumentou bastante a procura pelo táxi para
cachorro. Conforme vai crescendo a demanda por serviços para animais como
creche, espaços de recreação, estética, spa, adestramento, vai crescendo
também a procura pelo serviço de táxi”, afirma a taxista. 
 
Aumento na procura
Foi justamente esse aumento na demanda – acelerado no último ano – que
fez com que, há dois anos, ela deixasse o setor de transporte de estudantes
pelo dos novos clientes. A alteração levou a uma elevação nos lucros do táxi.
“Ganho mais dinheiro levando cachorro do que universitário e me dá mais
prazer. Minha renda aumentou em 20%. É gratificante.” Por semana, são cerca
de 50 corridas realizadas. “Fora quando aparece algum resgate. Alguma
(associação) protetora que resgatou o cachorro e arrumou uma pessoa para
adotar. Já cheguei a levar até para o Rio de Janeiro”, conta.
Esse aumento na procura pelo serviço também é confirmado por Victor Belo
Aluete, proprietário do Canil V.B.A. Há 27 anos trabalhando com animais e há
10 oferecendo o serviço de transporte de pets, Aluete também registrou um
crescimento na procura pelo serviço de taxo do início de 2008 para cá. “Tem
semana que você não consegue nem descansar. Nos quatro carros, a gente faz
uma média, por baixo, de 120
a
150 remoções por semana”, conta.
Segundo ele, a procura pelo serviço aumentou tanto ao longo do dia como nas
madrugadas. “A gente oferece o serviço 24 horas. À 1h, às 2h, tem muita
corrida para hospital veterinário. A gente tem convênio com hospitais. E, de
um ano para cá, a gente tem sentido um aumento de 20% ao mês. Um crescimento
constante”, afirma. Além dos trajetos para clínicas e hospitais, a empresa
realiza viagens e até remoção de animais mortos para crematórios e
cemitérios.
A procura pelo serviço tem sido tanta que algumas empresas inclusive se
especializaram em alguns tipos de trajeto. Na Dog Master Brasil, empresa que
trabalha com pets há 23 anos, táxi só para viagens de, no mínimo, 100 km. “É melhor porque
você faz o transporte fora das áreas de pico (de trânsito). Não tenho muito
tempo para atender curtos trajetos”, afirma Alessandro Peletti, proprietário
da empresa. Segundo ele, nas viagens longas é possível cobrar por quilômetros
rodado, facilitando os cálculos do preço por trajeto. Em sua empresa, o
quilômetro rodado no táxi dog sai por R$ 0,80.
 
Cuidados
Apesar de o setor não ter norma própria, segundo o Conselho Regional de
Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) os donos de animais devem tomar
alguns cuidados antes de contratar esse tipo de serviço.
Embora não seja obrigatório, para o conselho é importante que o serviço
esteja ligado a alguma clínica ou hospital veterinário. Também é importante
verificar se os veículos possuem caixas apropriadas para o transporte dos
animais, que só deve ser feito nesse tipo de compartimento. Além disso,
nenhum tipo de atendimento veterinário pode ser prestado dentro desses
veículos.

Fonte: Portal G1, acesso em 01/04/2009
Link: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1041980-5605,00-TAXI+PARA+CACHORRO+VIRA+MODA+EM+SP.html

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