O interior paulista tem enfrentado os dias mais secos do ano e o clima em alguns dias é considerado de deserto. Se os narizes humanos sofrem com a falta de umidade, com focinhos não é diferente.
Durante a estiagem, os animais, assim como o homem, ficam mais expostos a doenças devido à facilidade de circulação dos vírus. “Eles podem entrar no nariz dos cães, por exemplo, e causar uma espécie de tosse, chamada traqueobronquite”, explica o médico veterinário Alessandro Galhardo. Além dessa, outras doenças respiratórias e de pele podem maltratar o melhor amigo nesses dias, como coceira ou irritação nos olhos, conjuntivite, dermatite ou seborreia. É preciso ficar atento.
Mas é possível aliviar o sofrimento dos bichinhos com soluções simples e caseiras. Espalhar mais potes de água com gelo pela casa ou até mesmo submeter o filhote a uma inalação pode ajudar. É o que tem feito a dona de casa Marli Alves, além de dobrar a quantidade de banhos semanais no seu poodle Boris. “Coloco bacias de água fria pela casa toda e procuro deixá-lo em ambientes frescos, na sombra ou, quando possível, brincando na água.”
Galhardo lembra ainda que, como as pessoas, deve-se evitar que o animal faça atividades físicas, principalmente em horários mais quentes. “Não é bom levar cães e gatos, por exemplo, para longas caminhadas ou corridas.”
O empresário Marcio Santos já se habitou a cuidar de seu gato desde o inverno do ano passado. “Ele tinha muita coceira e acabou se machucando. Quanto mais se coçava, mais infeccionava a ferida.”
Para o veterinário, a principal recomendação é nunca se esquecer que os animais de estimação são como os humanos e requerem praticamente os mesmos cuidados. “Pensando assim, fica mais fácil lembrar que ele também sofre com a seca”, finaliza o médico.
A única dica que não é comum a homens e animais é que o pet pode, e deve, ficar sem roupa. É nessa hora que o dono morre de inveja do seu melhor amigo.
Fonte: Jornal A Cidade (acessado em 19/09/2011)