Transporte pode interferir na qualidade da carne suína

Para obter uma carne de qualidade, é preciso adotar práticas de manejo adequadas. No entanto, tudo pode ir por água abaixo se o transporte dos animais não for realizado de maneira correta, o que pode favorecer a incidência da carne PSE (pálida, mole e exsudativa) e DFD (escura, firme e seca). Para evitar perdas de qualidade, é preciso contar com boa logística de transporte, profissionais treinados, equipamentos apropriados e carrocerias bem estruturadas que não ocasionem lesões nos animais. Além disso, o tratamento dado aos suínos durante a viagem também interfere na qualidade.

“Para realizar o transporte adequadamente, é preciso ter um caminhão em boas condições. Para isso, o responsável pelo transporte deve fazer todas as manutenções preventivas. Em segundo lugar, a documentação de transporte, como guias de GTA e documentação fiscal, deve estar presente”, afirma o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Osmar Dalla Costa.

Feito isso, é preciso fazer um cronograma de viagem com informações sobre o horário de chegada na propriedade para embarcação dos animais, quantos animais serão embarcados, qual o percurso que será feito da granja até o frigorífico e se existem rotas alternativas no caso de más condições de tempo, como explica Dalla Costa.

“Na chegada à propriedade, é preciso perguntar ao produtor sobre o número de animais que serão embarcados no caminhão e de que maneira isso será feito. Além disso, no momento de transferência dos animais da granja até o caminhão, se recomenda que eles sejam manejados com calma, com uso de equipamentos apropriados e sempre com lotes pequenos, ou seja, entre dois e três animais. Já no transporte, é recomendada uma densidade máxima de 230kg/m²”, diz o pesquisador.

Já em viagens longas, ele afirma que o motorista deve parar o caminhão em locais adequados para que os animais não fiquem expostos a condições adversas, como o sol, que, no verão, pode ocasionar queimaduras de pele.

“De modo geral, principalmente na região Sul do País, os animais não ficam mais do que cinco horas em cima de um caminhão. Se a permanência dos animais se der por um período muito longo, é recomendado que o motorista pare regularmente e molhe os animais, principalmente em épocas mais quentes. De modo geral, os animais não devem viajar por um período superior a 24 horas”, orienta.

Em viagens que durem entre dez e 12 horas, Dalla costa explica que é preciso fornecer água aos suínos. Para que essa atividade seja realizada, os caminhões devem contar com equipamentos apropriados e bebedouros. Além disso, é necessário que o veículo tenha um sistema de nebulização para dias muito quentes.

“O transporte adequado impacta favoravelmente na qualidade da carne, diminuindo a incidência da carne PSE e DFD. Ao transportar animais, é preciso ter uma boa logística de transporte, contando com profissionais treinados, com equipamentos apropriados e carrocerias bem estruturadas que não ocasionem lesões”, conclui o pesquisador.

Fonte: Suinocultura Industrial (acessado em 20/01/2012)

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