A União Brasileira de
Avicultura, como entidade representativa da produção nacional de frangos,
gostaria de esclarecer algumas questões sobre as declarações dadas pelo
médico especializado
em matérias divulgadas na imprensa sobre a utilização de hormônios na
produção de frangos:
– A avicultura brasileira é a mais desenvolvida do mundo em termos sanitários.
Somos livres de doenças como gripe aviária, por exemplo. Esse status
sanitário nos permite exportar para mais de 150 países (União Européia, Hong Kong, Japão, etc), todos
eles, extremamente criteriosos em termos sanitários e de qualidade;
– As pesquisas com seleção genética são as verdadeiras responsáveis pelos
ganhos produtivos das aves. Assim como em todos os eixos da produção
agropecuária, a seleção de animais com melhor desempenho em produtividade é o
que tem garantido melhor capacidade de ganho de peso nos animais;
– É fundamental frisar que a avicultura mundial – inclusive a brasileira –
não utiliza hormônio na produção de frango. Existem justificativas
econômicas, técnicas e legais para isso;
– Do ponto de vista legal, o uso de hormônio ou similares é proibido em
vários países. No Brasil a proibição ocorre desde janeiro de 1976, por
decreto n° 76.986 do então presidente Ernesto Geisel, que proíbe aplicação de
hormônios em animais;
– Outra razão prática é que, caso houvesse a aplicação de hormônios em aves,
não haveria tempo suficiente para a manifestação de resultados da substância
sintética, já que o ciclo de produção do frango dura, em média, 45 dias;
– Considerado o volume de ração utilizada na produção brasileira de frangos –
28 milhões de toneladas por ano – seria impossível manter esta produção sem
denúncias comprovadas (leia-se com apresentação de provas concretas). Também
seria impossível manter o uso de hormônios em tamanha produção, já que não
existe matéria-prima suficiente para tal;
– Também é preciso lembrar o número de empresas avícolas brasileiras que
exportam para vários mercados no mundo, já que nossa participação no mercado
internacional se sustenta pela qualidade do produto. Por qual, então, motivo
a agroindústria colocaria tudo isso em risco, comprometendo todo um mercado?
– A acusação feita pelo médico Isaac Yadid é dita
de forma irresponsável e sem nenhum fundamento científico. É
possível que o mesmo esteja confundindo hormônios com nutrientes utilizados
na dieta do frango, como vitaminas, minerais, aminoácidos, etc;
– Opiniões descabidas como esta podem prejudicar um setor que gera alimento
barato, nobre e de boa qualidade para o brasileiro, além de ser responsável
por 5 milhões de empregos diretos e indiretos. Somos uma das produções
industriais mais tecnificadas do mundo. Produzimos
alimentos de forma responsável, tanto para o Brasil, quanto para outros
países.
– Esta nota tem por objetivo esclarecer a imprensa e o publico em geral sobre
um mito que, infelizmente, é recorrente. Algumas áreas médicas insistem em
fomentar tal inverdade sobre a produção de frangos. De qualquer modo,
acreditamos como fundamental este esclarecimento, para que os veículos de
imprensa não se deixem levar por declarações infundadas e sem embasamento técnico
e científico. As informações são da assessoria de imprensa da União
Brasileira de Avicultura.
Fonte: Portal Agrolink,
acesso em 24/04/2009